Panorama internacional

Irã na ONU: Biden sinalizou aprovação dos EUA para ataque contra Teerã e assumirá responsabilidade

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sinalizou "aprovação tácita e apoio explícito à agressão militar ilegal de Israel contra o Irã", disse a missão iraniana nas Nações Unidas na segunda-feira (22), citando comentários de Biden na Alemanha na semana passada.
Sputnik
Em uma carta enviada ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e à presidente do Conselho de Segurança da ONU, Pascale Christine Baeriswyl, em 21 de outubro, o enviado do Irã, Saeed Iravani, declarou a reação de Teerã à possível assistência dos EUA a qualquer ação militar israelense contra a República Islâmica.
No documento enviado, a missão do Irã diz que "escrever para chamar sua atenção para uma declaração profundamente alarmante e provocativa feita pelo presidente dos EUA em 18 de outubro de 2024, durante um compromisso com a imprensa em Berlim".

"Em suas observações, o presidente dos EUA revelou que possui conhecimento de como e quando Israel pretende lançar um ataque contra a República Islâmica do Irã. [...] os Estados Unidos assumirão total responsabilidade por seu papel em instigar, incitar e permitir quaisquer atos de agressão de Israel contra o Irã [...] bem como pelas consequências catastróficas sobre a paz e a segurança regionais e internacionais", disse Iravani, citado pela agência Tasnim.

Ainda no texto, o enviado iraniano afirmou que Teerã apela ao Conselho de Segurança para "condenar inequivocamente essa provocação imprudente e exigir que os Estados Unidos, como membro permanente, cumpram suas obrigações sob o direito internacional e a Carta da ONU".

"Além disso, o Conselho de Segurança também deve exigir que os EUA alavanquem sua influência substancial para obrigar Israel a encerrar imediatamente seus crimes de guerra em andamento e sua campanha genocida contra o povo palestino em Gaza e o povo do Líbano", declarou.

Também nesta terça-feira (22), o presidente iraniano Masoud Pezeshkian sublinhou que Israel "receberia uma resposta proporcional a qualquer ataque", reportou a mídia.
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