O Serviço Europeu de Ação Externa (EEAS, na sigla em inglês) ventilou a possibilidade de permitir que os Estados-membros façam contribuições voluntárias para o European Peace Facility (EPF), que é usado para ajudar a financiar equipamentos militares. Isso permitiria que fundos futuros fluíssem com base no consentimento dos contribuintes, em vez de por apoio unânime.
No entanto, alguns Estados-membros, incluindo França e Alemanha, expressaram preocupações sobre estabelecer um precedente que poderia colocar em risco o futuro do EPF como uma ferramenta de política externa, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, ouvidas pela Bloomberg.
Em certos países, contribuições voluntárias podem exigir aprovação dos parlamentos nacionais, o que adicionaria uma camada diferente de complicação. Os governos francês e alemão se recusaram a fornecer um comentário formal.
"Atualmente, o EPF depende de contribuições obrigatórias com base no peso econômico de cada Estado-membro e requer unanimidade para desembolso", escreve o texto.
Anteriormente, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que a Hungria continua a bloquear a atribuição de € 6 bilhões (R$ 36,7 bilhões), como compensação aos Estados da UE pelo fornecimento de armas e munições à Ucrânia.
Uma fonte europeia disse à imprensa que o serviço de política externa da UE apresentou aos Estados-membros uma proposta para a UE contribuir para o EPF em uma base voluntária, contornando assim o veto da Hungria.
A Rússia reiterou em numerosas ocasiões que o envio de armas para a Ucrânia dificulta uma solução diplomática e envolve diretamente os países da OTAN no conflito. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou que qualquer envio de armas para a Ucrânia seria um alvo legítimo para as forças russas.