Cármen Lúcia ressaltou que a Justiça tem um prazo curtíssimo, mas que a resposta será dada.
Neste domingo (27), dia do segundo turno das eleições municipais, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), em coletiva após realizar seu voto, afirmou, sem apresentar provas, que conversas supostamente interceptadas por serviço de inteligência apontaram que o Primeiro Comando da Capital (PCC) orientou familiares a votar em Boulos.
Ao tomar conhecimento da declaração, Boulos disparou: "É uma vergonha."
Em seguida, também em entrevista coletiva, o candidato do PSOL chamou a declaração de "irresponsável e mentirosa" e chamou a ação de "laudo falso do segundo turno", relembrando um laudo falso apresentado pelo candidato Pablo Marçal (PRTB) associando Boulos ao uso de cocaína.
Em nota, o psolista criticou a postura de Tarcísio e afirmou que protocolaria a ação na Justiça.
"Trata-se de gravíssima tentativa de influenciar no resultado do pleito, no dia da eleição, de uma forma jamais vista no estado de São Paulo. A utilização do cargo de governador do estado com a finalidade de interferir no resultado da eleição, no dia da votação, é evidente", diz o texto da ação.
A ministra Cármen Lúcia, por sua vez, lembrou a celeridade e o trabalho cumprido pela Justiça Eleitoral para fiscalizar e dar dinâmica ao pleito e que não faz sentido supor que o TSE não garanta a integridade do processo. Ela ressaltou, ainda, que a denúncia em questão já foi judicializada e será dada a resposta.