"Kamala Harris propõe mais do mesmo que o governo Biden fez em relação a este conflito. Ou seja, um apoio inabalável ao governo em Kiev e nenhuma mudança em termos de sua postura quanto às negociações com a Rússia, o que basicamente significa nenhuma negociação com Moscou", destacou Proud.
"Ela seguirá apoiando o que Vladimir Zelensky disser que quer fazer, mas o que ela pode não ser capaz de fazer é fornecer a ele a quantia de dinheiro e a quantidade de armas que ele busca. Isso então causa espaço para atrito entre seu governo e o governo ucraniano", disse o ex-diplomata do Reino Unido.
"Essa é uma diferença muito significativa do que Harris ofereceria, [e] se ele for capaz de alcançar isso — vamos ver", disse o analista, apontando para as declarações públicas de Trump de que "ele não gostaria de fornecer recursos financeiros infinitos para sustentar o governo em Kiev, que está gradualmente perdendo a guerra".
"Acredito que Harris será realmente mais agressiva, pressionará por mais OTAN, pressionará mais fortemente pelo fortalecimento da OTAN, na medida em que puder, provavelmente fortalecerá o apoio à Ucrânia e a todos os conflitos ao redor do mundo", argumentou Rasmussen.
"Se houver alguma esperança de resolver isso [o conflito na Ucrânia], será por meio do presidente Trump. Trump tem mais um fator atenuante aí", afirmou o especialista.
Quanto aos membros da OTAN, eles têm medo de Trump porque não sabem o que ele vai fazer, observou o analista. "É imprevisível. Eles não sabem se ele vai retirar o financiamento. Se os EUA saírem da OTAN, ela se desmorona completamente", disse Rasmussen.