Se de fato acontecer, a reestruturação marca o primeiro fechamento de fábricas domésticas nos 87 anos de história da companhia, e a prepararia para uma batalha com sindicatos poderosos na Alemanha, onde a Volkswagen tem 300 mil funcionários, relata o Financial Times.
De acordo com a mídia, há dez fábricas que fazem parte da marca principal da Volkswagen e que poderiam ser fechadas. Segundo Thomas Schafer, CEO da marca, os custos aumentaram muito, em diversos setores, e "o cálculo não pode continuar a longo prazo".
"Não estamos ganhando dinheiro suficiente com nossos carros atualmente. Ao mesmo tempo, nossos custos com energia, materiais e pessoal continuaram a aumentar. Esse cálculo não pode funcionar a longo prazo. Então temos que chegar à raiz do problema: não somos produtivos o suficiente em nossos sites alemães, e nossos custos de fábrica estão atualmente 25–50% mais altos do que planejamos. Isso significa que as plantas alemãs individuais são duas vezes mais caras do que a concorrência", afirmou Schafer, citado pela Reuters.
Um porta-voz do governo alemão disse que "é bem sabido que a Volkswagen está em uma situação difícil. […] a posição do chanceler [Olaf Scholz] sobre isso é clara, a saber, que possíveis decisões de gestão erradas do passado não devem ser às custas dos funcionários. Agora é uma questão de preservar e garantir empregos", afirmou a autoridade citada pela mídia, mas não identificada.
A Volkswagen sinalizou, pela primeira vez, em setembro que estava considerando fechar fábricas na Alemanha, mas analistas permaneceram céticos devido à forte oposição de políticos e do conselho de trabalhadores.