Panorama internacional

Cúpula do BRICS é evento mais importante do que o G7 e o G20, diz analista australiano

Jerry Grey, colunista da revista independente australiana Pearls & Irritations, descreveu a Cúpula do BRICS como um evento mais importante globalmente do que as cúpulas do Grupo dos Sete (G7) e Grupo dos 20 (G20).
Sputnik
De acordo com seu artigo publicado na terça-feira (29), a 16ª Cúpula do BRICS em Kazan, realizada de 22 a 24 de outubro, é ocultada de propósito pela mídia ocidental.

"A mídia afirma que mais de 20 países participaram da Cúpula em Kazan, mas não menciona que, na verdade, havia 36 países presentes, mas mais de 20 deles enviaram seus líderes. Tornando o BRICS, pela primeira vez, mais importante globalmente do que o G7 e o G20", escreveu Grey.

Ele ressalta que, enquanto o rei britânico Charles III está em uma reunião da Comunidade das Nações como líder da organização que junta o Reino Unido e quase todos os seus antigos domínios, colônias e protetorados, os dois líderes mais importantes estavam na Rússia, sancionada inclusivamente pelo governo britânico.
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Segundo ele, o BRICS já deixou de ser um grupo de economias em desenvolvimento.
Como exemplo, a Rússia voltou para as dez maiores economias do mundo, superando mesmo alguns países europeus que tinham imposto sanções contra ela.
Grey disse que há uma notável "falta de integridade" entre os jornalistas ocidentais e, apesar de suas afirmações de que a China está isolada, a Índia não quer falar com ela e a Rússia não tem amigos, é exatamente o contrário.
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Cúpula em Kazan culminou presidência russa

O BRICS é uma associação interestatal criada em 2006. A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro de 2024. Em 2025, a presidência vai passar da Rússia para o Brasil.
O ano começou com a entrada de novos membros na associação: além da Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, o BRICS agora inclui o Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
A 16ª Cúpula do BRICS em Kazan, com a participação de representantes de 36 países e seis organizações internacionais, foi realizada de 22 a 24 de outubro.
O Brasil foi representado pelo ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira, pois o chefe de Estado Lula da Silva teve que cancelar sua viagem um dia antes devido a um acidente doméstico.
A cúpula foi o evento final da presidência russa da associação, e foi realizada sob o lema de fortalecer o multilateralismo para o desenvolvimento global equitativo e a segurança.
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