Pequenas e médias empresas de defesa europeias estão lutando para expandir a produção, pois o apoio à Ucrânia continua a sangrar os estoques de armas do Ocidente.
Fabricantes de armas de fogo têm sinalizado que a falta de recursos está sendo intensificada pela falta de acesso a financiamento público, burocracia e relutância dos bancos em conceder empréstimos a participantes menores do setor, disseram fontes à Reuters.
Enquanto as despesas militares globais dispararam para uma alta histórica de US$ 2,44 trilhões (cerca de R$ 13,8 trilhões) em 2023, de acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, obter financiamento é problemático para empresas menores.
A produção vai continuar estagnada até que os governos europeus descubram como melhorar os fluxos de caixa, disseram fabricantes de armas, funcionários do governo e especialistas em defesa.
As pequenas e médias empresas de defesa da União Europeia enfrentam uma lacuna de financiamento de dívida entre US$ 1,08 bilhão (cerca de R$ 10,3 bilhões) e US$ 2,2 bilhões (aproximadamente R$ 12,6 bilhões), estimou um relatório da Comissão Europeia no início do ano.
Ao mesmo tempo, não apenas a máquina de guerra dos EUA tem lucrado com a guerra por procuração da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Ucrânia, como o investimento de capital de risco em startups militares está crescendo nos EUA. Os recursos deste capital têm sido canalizados para startups de defesa nos Estados Unidos e dobrou de tamanho para atingir US$ 33 bilhões (mais de R$ 190,4 bilhões) entre 2019 e 2022, informou o Financial Times.
Moscou declarou repetidamente que as entregas contínuas de armas para a Ucrânia impedem a resolução do conflito, com remessas destinadas a Kiev designadas como alvos legítimos para a Rússia.