Ex-presidente do país que ficou no cargo entre 2013 e 2023 e aliado de Fiala, Milos Zeman também defendeu ativamente durante o mandato a transferência da embaixada tcheca para Jerusalém. Sob sua supervisão, inclusive, chegou a ser inaugurado um espaço na cidade para encontros entre o público de ambos os países.
Ao responder um questionamento da oposição no Parlamento, Fiala também afirmou que pessoalmente é a favor da mudança.
"Eu sou um dos que acreditam que devemos dar esse passo. A mudança da própria embaixada não é tão complicada. [O que] Não é totalmente simples [é a transferência] do ponto de vista político", disse Fiala.
O primeiro-ministro lembrou ainda que a República Tcheca é tradicionalmente um dos aliados mais próximos de Israel, o que é claramente demonstrado, por exemplo, durante as votações sobre o país na Organização das Nações Unidas (ONU). Apesar disso, Fiala não considera que a transferência da embaixada tcheca seja uma prioridade para Israel neste momento.
"Para transferir nossa embaixada [para Jerusalém], precisamos fazê-lo em colaboração com alguns outros Estados europeus. Isso não é impossível, mas requer certos prazos. Então esse passo terá o efeito que todos nós esperamos e terá um peso maior no ambiente internacional", afirmou o primeiro-ministro, acrescentando: "Estamos caminhando nessa direção".
Atualmente, estão localizadas em Jerusalém as embaixadas de Estados Unidos, Kosovo, Honduras, Guatemala e Papua-Nova Guiné.
Porém a transferência de uma embaixada para a cidade sagrada é considerada polêmica por representar o reconhecimento da cidade como a capital israelense, o que aumenta ainda mais as tensões com árabes, notadamente na Palestina.