A entrevista foi feita durante sua viagem para a Europa, onde Saltzman, segundo o artigo, deveria "aumentar a conscientização" sobre possíveis conflitos no espaço com a Rússia e a China e incentivar os aliados europeus a aprimorar as capacidades espaciais.
"O chefe da Força Espacial dos EUA alertou que a China está colocando capacidades militares no espaço em um ritmo alucinante, aumentando significativamente o risco de guerra em órbita", diz o jornal.
Saltzman acrescentou que o número dos armamentos espaciais e a velocidade de produção deles "é muito ameaçador".
Por isso, os EUA queriam "estabelecer os fundamentos" para uma força espacial no continente europeu.
Contudo, ele alertou a Europa contra a pressa no desenvolvimento dessa esfera, admitindo que os próprios Estados Unidos haviam subestimado a quantidade de recursos necessários para isso.
Segundo ele, as conquistas da Rússia e da China no espaço, nos últimos 20 anos, foram um dos motivos para a criação da Força Espacial dos EUA em 2019.
Conforme observado pela publicação, a Força Espacial dos EUA, que rastreia 46 mil objetos em órbita, é composta por cerca de 10 mil pessoas, sendo o menor departamento militar do país.
Portanto, os EUA dependem muito de empresas privadas para desenvolver recursos de defesa espacial.
Moscou já havia destacado repetidamente que a Rússia, juntamente com outros países, em especial a China, é a favor da prevenção de uma corrida armamentista no espaço e de sua preservação para fins pacíficos.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia observou que os Estados Unidos e seus aliados estão tomando medidas para implementar regulamentações sobre a implantação de armas no espaço e o uso do espaço sideral para a guerra, não apenas para fins defensivos.
Segundo a chancelaria, o Ocidente tenta posicionar o espaço como uma nova arena de rivalidade e conflitos entre os Estados.