Operação militar especial russa

Lavrov: cooperação técnico-militar entre Turquia e Ucrânia causa perplexidade

A cooperação técnico-militar entre a Turquia e a Ucrânia é desconcertante no contexto do desejo de Ancara de mediar o conflito ucraniano, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em uma entrevista ao jornal turco Hurriyet.
Sputnik
Lavrov enfatizou que a Rússia aprecia os esforços de Ancara para facilitar a solução da crise ucraniana.
Ele lembrou que foi a Turquia quem forneceu uma plataforma para as negociações em Istambul na primavera (no Hemisfério Norte) de 2022 e, em seguida, facilitou a conclusão da Iniciativa de Grãos do Mar Negro que estabeleceu um corredor humanitário para permitir as exportações de grãos ucranianos no ano passado.

"Infelizmente, Ancara segue cooperando com o regime de Kiev na esfera técnico-militar. As armas turcas são usadas pelas Forças Armadas da Ucrânia para matar militares e civis russos. Isso não pode deixar de causar perplexidade no contexto das declarações da liderança turca sobre sua prontidão para prestar serviços de mediação", disse ele.

No momento, é improvável que quaisquer esforços de mediação, incluindo os da Turquia, sejam bem-sucedidos, disse o ministro russo.
De acordo com ele, a paz ainda não está nos planos dos adversários da Rússia.
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Kiev respondeu à iniciativa de paz proposta pelo presidente russo Vladimir Putin em junho, invadindo a região de Kursk e lançando ataques aéreos nas áreas de fronteira.
Os Estados Unidos e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) estão fornecendo toda a assistência possível à Ucrânia e discutindo a possibilidade de ataques contra territórios russos que estão longe da zona do conflito com mísseis ocidentais de longo alcance.
Além disso, o atual líder ucraniano Vladimir Zelensky não revogou seu decreto que proíbe as conversações com Moscou, listou Lavrov.
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A Rússia, acrescentou ele, está pronta para uma solução política do conflito, mas a questão não deve ser um cessar-fogo temporário, mas a eliminação das causas fundamentais que deram origem às hostilidades.
Entre elas estão:
a expansão da OTAN para leste;
a criação de ameaças aos interesses vitais de segurança da Rússia;
a violação, pelas autoridades ucranianas, dos direitos dos russos e dos residentes da Ucrânia que falam russo.
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Na semana passada, o presidente Putin disse em uma coletiva de imprensa após a 16ª Cúpula do BRICS em Kazan, realizada de 22 a 24 de outubro, que a Rússia havia recebido recentemente da Turquia novas propostas sobre a Ucrânia da e concordou em considerá-las.
Mas, no dia seguinte, Zelensky disse que não iria realizar nenhuma negociação com Moscou.
O presidente classificou o comportamento da liderança de Kiev como muito irracional e sugeriu que suas ações tinham como único objetivo mostrar que os investimentos do Ocidente e dos EUA não foram em vão.
No entanto, a bola está do lado de Kiev nas negociações, acrescentou Putin.
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