"A Rússia diz que os territórios que ocupam são russos. A Ucrânia diz que são deles, mas por que, em vez da guerra, não é realizado um referendo para descobrir com quem o povo quer ficar?", declarou ele ao canal TF1. "Vamos deixar o povo decidir; vamos consultar o povo para saber se quer."
Ele também garantiu que a cúpula dos países do G20 que será realizada no Rio de Janeiro neste mês não terá o conflito entre Rússia e Ucrânia como um dos seus principais pontos de debate.
"Não acreditamos que o fórum do G20 seja o espaço para debater a guerra entre os dois países", disse Lula em declarações ao canal francês TF1, destacando que também não quer discutir o conflito na Faixa de Gaza.
O chefe de Estado brasileiro reafirmou que Vladimir Zelensky não foi convidado para o encontro, e o presidente russo, Vladimir Putin, não estará presente. Logo, não haveria motivo para que o G20 debatesse o conflito.
"Não convidamos ele [Vladimir Zelensky] para participar, e Putin não vai participar", acrescentou Lula, que ressaltou que há outros assuntos que deveriam ser discutidos na cúpula e que o espaço apropriado seria a ONU, que, na sua opinião, necessita de reforma porque está "enfraquecido".
Ele também mencionou suas esperanças de que o G20 implemente uma taxa sobre os bilionários.
"Quero viver 120 anos. Tenho 79. Tenho tempo. Quero deixar como legado o fato de que a pobreza pode ser eliminada do mundo." Ele explica que o G20 poderia, assim, resultar em uma taxa global para os bilionários.
Eleições nos EUA
Na entrevista, Lula também expressou o desejo de ver a candidata Kamala Harris vencer nos Estados Unidos.
"Para o fortalecimento da democracia nos Estados Unidos, é melhor ver Kamala Harris na presidência. Podemos lembrar da situação do ataque ao Capitólio […] Assim como eu, amo profundamente a democracia. Acho que é a coisa mais sagrada que os humanos conseguiram construir. Seria bom ter Kamala Harris no poder."