"Não vamos mudar nosso rumo apesar da existência de algumas pessoas violentas absolutamente marginais; o que toda a população valenciana e espanhola quer é olhar para frente, seguir em frente com as suas vidas, com um enorme gesto de responsabilidade e solidariedade", expressou o premiê à mídia.
Por outro lado, Sánchez disse compreender a angústia dos cidadãos perante a DANA (Depressão Isolada de Alta Altitude), fenômeno climático local que produz forte chuvas. Ele, ainda assim, ressaltou ser contra qualquer tipo de violência.
Ao visitar o município de Paiporta, bastante afetado pelas tempestades, Sánchez, a família real e o governador da generalidade valenciana — autogoverno local —, Carlos Mazón, foram recebidos com lama, insultos e arremesso de objetos. A visita da delegação governamental teve de ser interrompida abruptamente devido a essas altercações.
"Compartilhamos a angústia dos cidadãos. Conhecemos as suas necessidades e temos prioridades claras: salvar vidas, recuperar os corpos das pessoas que morreram e reconstruir as áreas afetadas pela DANA. A violência de alguns poucos não nos desviarão do interesse coletivo."
A Espanha passou pelo que a agência meteorológica do Estado espanhol descreveu como uma tempestade "histórica" e "a mais adversa do século na Comunidade Valenciana".
A catástrofe natural que também afetou Castela-La Mancha (centro) e Andaluzia (sul) deixou 211 mortos e um número indeterminado de desaparecidos até o momento. Suspeita-se que essa cifra possa superar os dois mil. Além disso, a DANA provocou apagões elétricos e cortes de telecomunicações em muitas regiões, bem como a interrupção da circulação de comboios e veículos.