"Nós perdemos competência em uma série de áreas relativas ao reator nuclear. Produção de tubos sem costura, de válvulas, perdemos essa competência. Parte dessa competência adquirida por um obuseiro poderia ser repassada para essa área", comenta Pedro Paulo Rezende, especialista em assuntos militares.
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"Um tubo de obuseiro aguenta em torno de 2 mil disparos. Se um autopropulsado carrega em torno de 40 projéteis de 155 mm, depois de 50 missões o armamento está inapropriado ao uso. Deve ser substituído ou reusinado. Nesse sentido, em caso de combate, ficaria difícil depender de fornecedores externos, até pelo simples fato das dimensões do território nacional e da distância da América do Sul à Eurásia", comenta.
"No início do século XXI surgiram modelos onde existe um canhão de disparo digital em cima de chassis de caminhão que melhoram a manutenção e produção, como o ATMOS 2000 de Israel — que inclusive viria para repor os M-109 que o Brasil possui", relembra.