O artigo informa que as autoridades ucranianas têm pedido repetidamente ao governo norte-americano que lhes entregasse mais mísseis balísticos tático-operacionais ATACMS de longo alcance (até 300 km).
Porém, o Pentágono não está prestes a fornecer uma das armas mais potentes às Forças Armadas da Ucrânia, argumentando que Moscou já tirou todos os alvos valiosos da zona de alcance do míssil.
As preocupações de Kiev aumentaram especialmente depois que o presidente Donald Trump ganhou a eleição presidencial em 5 de novembro.
Assim, a atual administração presidencial dos EUA, segundo o artigo, está fazendo o possível para enviar o máximo de ajuda para a Ucrânia antes da posse de Trump em 20 de janeiro de 2025.
Mas, aparentemente, tudo tem limites:
"O secretário de Defesa, Lloyd Austin, recusou uma solicitação recente do presidente Vladimir Zelensky para dar prioridade à entrega de ATACMS à Ucrânia em relação a outros compradores", diz o material citando dois funcionários dos EUA e um assessor do governo ucraniano.
Austin, de acordo com as fontes, também respondeu a Zelensky que está "pedindo demais" quando exige que os EUA rompam acordos de longa data com outros clientes.
Contudo, o governo Biden está incentivando seus aliados a esvaziar seus estoques em prol da Ucrânia, uma vez que "o impacto" das entregas planejadas às reservas do Exército norte-americano é "uma grande preocupação", segundo um funcionário sênior dos EUA.
Posição da Rússia
O presidente da Rússia Vladimir Putin observou que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) estão discutindo não apenas a autorização a Kiev de usar armas de longo alcance, mas, de fato, o envolvimento direto no conflito na Ucrânia.
De acordo com o chefe de Estado, as tropas ucranianas já estão atacando o território russo com drones e outros meios.
Quando se trata do uso de armas de precisão de longo alcance de fabricação ocidental, deve se entender que essas operações são realizadas pelos militares dos países da aliança, já que somente os militares da OTAN, não os ucranianos, têm a capacidade de operar essas armas.
Ele acrescentou que o envolvimento direto dos países ocidentais no conflito ucraniano muda a natureza das hostilidades e que a Rússia vai ser forçada a tomar decisões de acordo com essas ameaças.