É o que afirmou, neste domingo (10), o Washington Post citando fontes familiarizadas com o assunto.
"Durante a ligação, que Trump recebeu de seu resort na Flórida, ele aconselhou o presidente russo a não intensificar a guerra na Ucrânia e o lembrou da considerável presença militar de Washington na Europa, disse uma pessoa familiarizada com a ligação, que, como outros entrevistados para esta história, falou sob condição de anonimato para discutir um assunto delicado", diz a publicação do veículo norte-americano.
Na sexta-feira (8), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a prontidão para contatos com Trump permanecia, o que foi enfatizado pelo presidente russo Vladimir Putin na quinta-feira, mas não houve detalhes.
Posicionamento em mudança antes de posse
A posse do novo presidente dos EUA Donald Trump vai ocorrer em 20 de janeiro de 2025, mas líderes de Estados por todo o mundo já estão ajustando suas políticas de acordo com as expectativas das ações do presidente eleito norte-americano, relatou a agência Bloomberg.
A especificidade do atual período de transição entre a eleição e a posse é que, desta vez, um candidato venceu outra, Kamala Harris, com muita certeza, descartando completamente a linha da política do atual governo de que a outra faz parte.
Portanto, chefes de Estado por todo o mundo estão reagindo a esse acontecimento se preparando para a mudança drástica nas relações com a grande potência mundial.
Isso se aplica principalmente às crises no Oriente Médio e ucraniana, tendo os líderes dos dois Estados envolvidos parabenizado Trump pela vitória.
"O presidente eleito Donald Trump não vai assumir o cargo por mais de dois meses, mas já está moldando a política dos EUA em dois grandes pontos críticos: Israel e Ucrânia", diz a Bloomberg.
Enquanto Israel se beneficia muito com a chegada de Trump, segundo o artigo, até o ponto de seu primeiro-ministro Benjamin Netanyahu parabenizar Trump com muita alegria chamando sua vitória de "o maior retorno da história", o mesmo evento faz Vladimir Zelensky repensar sua abordagem ao término do conflito.
A vice-diretora do Centro da Eurásia do Conselho Atlântico Shelby Magid disse à Bloomberg que a retórica e o planejamento de negociações com Moscou das autoridades ucranianas já se alteraram.
"A Ucrânia está caminhando na direção, sabendo que Trump venceu, de aceitar que as negociações são uma realidade", ressaltou.
Por isso, de acordo com os autores do material, Zelensky já está tentando aumentar a atividade para criar melhores condições para si mesmo.