"As operações de aviação civil dos EUA no território e espaço aéreo do Haiti abaixo de 10 mil pés estarão proibidas", informou a agência reguladora. Os ataques a tiros ocorreram contra aeronaves das companhias Spirit Airlines e JetBlue Airways.
Na última segunda-feira (11), um avião da companhia aérea de baixo custo Spirit Airlines foi desviado do Haiti para a República Dominicana, e um membro da tripulação foi ferido por disparos realizados durante a tentativa de pouso em Porto Príncipe.
O incidente ocorreu no voo que saiu de Fort Lauderdale, na Flórida, para o Aeroporto Internacional Toussaint Louverture, em Porto Príncipe, onde acontecia a cerimônia de posse do novo primeiro-ministro, Alix Didier Fils-Aimé.
A companhia retirou a aeronave atingida de operação e organizou um voo diferente para que passageiros e tripulantes pudessem retornar ao terminal norte-americano. Além disso, a Spirit Airlines anunciou a suspensão de suas operações em Porto Príncipe e Cabo Haitiano, "aguardando uma avaliação adicional".
O caso também levou as companhias JetBlue — que chegou a identificar uma marca de bala em uma de suas aeronaves — e American Airlines a cancelarem temporariamente seus voos no Haiti. A suspensão é válida até 2 de dezembro.
Já a JetBlue declarou que o voo pousou no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York, sem contratempos iniciais, mas uma inspeção posterior revelou que o exterior da aeronave havia sido atingido por uma bala. "Estamos investigando ativamente esse incidente em colaboração com as autoridades competentes", declarou a JetBlue.
O Haiti enfrenta uma crise socioeconômica e política há anos, agravada após o assassinato do presidente Jovenel Moise em julho de 2021. Desde então, a inação do governo resultou em um aumento sem precedentes na violência das gangues, que controlam grandes áreas do país e se dedicam a extorquir e sequestrar para obter resgates.