"O acordo da Boeing [com os seus funcionários] não é apenas sobre a paz laboral em uma empresa; é um aviso para escolher o caminho certo em direção ao renascimento industrial [dos Estados Unidos] da América", expressa o editorial.
"As lutas e os sucessos da Boeing têm sido há muito tempo um barômetro das proezas industriais norte-americanas. Como o maior fabricante de aeronaves comerciais do país e um empreiteiro de defesa crucial, a Boeing personifica o poder industrial [dos Estados Unidos] da América e os desafios atuais. A recente disputa trabalhista contribuiu para as perdas da empresa de mais de US$ 6 bilhões [cerca de R$ 34,5 bilhões] e revelou falhas mais profundas na indústria manufatureira norte-americana: a tensão entre manter salários competitivos, garantir a qualidade do produto e competir globalmente", afirma o artigo.
"Continuar aumentando os salários em vez de aumentar a produtividade apenas atrasará a transformação que a empresa deve empreender. Na verdade, o incidente da Boeing mostra que o antigo caminho [para uma empresa ser bem-sucedida e lucrativa] já não existe", aponta.
"Estas reformas internas, e não barreiras externas, determinarão se a indústria transformadora norte-americana pode prosperar no século XXI. Este é um apelo à ação, um lembrete de que o poder de moldar o futuro da indústria transformadora norte-americana está nas mãos dos norte-americanos. A evidência é clara: a cooperação internacional, e não o confronto, serve melhor aos interesses industriais norte-americanos", observa o artigo.