O príncipe herdeiro enfatizou que a comunidade internacional deve fazer com que Israel "respeite a soberania da irmã República Islâmica do Irã e não viole suas terras".
"Esse é certamente um desdobramento interessante", disse à Sputnik Mehran Kamrava, cientista político e professor na Universidade de Georgetown, no Catar.
Conforme o especialista, estas são possíveis razões por trás da atitude do príncipe herdeiro:
A decisão de Trump de nomear políticos anti-Irã para cargos importantes relacionados à política externa pode encorajar Israel a intensificar os ataques contra Teerã e iniciar uma guerra regional maior. "O que estamos vendo é uma tentativa da Arábia Saudita de sinalizar seu descontentamento e desaprovação com uma potencial expansão do conflito", diz o especialista.
Mohammed bin Salman lançou as bases para a redução das tensões, dando ao Irã a oportunidade de "recuar" do conflito com Israel.
"O Irã agora renovou sua popularidade nas ruas árabes por ser o único exército regular a atacar Israel depois de 1973", continuou o professor, sugerindo que as palavras do príncipe árabe também foram uma demonstração de apoio a Teerã.
"Isso é parte de um sinal regional mais amplo que está sendo enviado a Washington" com relação à sua política geral para o Oriente Médio, de acordo com Kamrava.
Em outubro, Arábia Saudita e Irã, potências regionais que vinham rivalizando ao longo dos últimos anos, realizaram exercícios navais conjuntos no mar de Omã. Mohammed bin Salman e o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, falaram ao telefone um dia antes da cúpula de Riad. No último domingo (10), o principal oficial militar da Arábia Saudita visitou Teerã para se encontrar com seus colegas iranianos.
Esses sinais são "importantes" e "significativos", enfatiza o especialista.