Kiev está preocupada com o fato de que o ex-secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, não fará parte da nova administração dos EUA após a vitória eleitoral de Donald Trump, relata o The Economist.
Oficiais ucranianos sêniores "ficaram perturbados" quando Trump anunciou "que não haveria lugar para Pompeo, visto como mais simpático [à Ucrânia]", acrescenta a mídia, citando um dos funcionários dizendo que é "um desenvolvimento muito negativo".
"A preocupação agora é que a oferta de Trump à Ucrânia venha a se assemelhar a algo mais próximo das ideias apresentadas por J.D. Vance, o novo vice-presidente", algo que "essencialmente descartaria a filiação [da Ucrânia] à Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN]", entre outras coisas, também disse o relatório.
Isso ocorre depois que o presidente eleito negou relatos da mídia sobre sua intenção de nomear Pompeo como o novo secretário de Defesa.
"Não convidarei a ex-embaixadora Nikki Haley ou o ex-secretário de Estado Mike Pompeo para se juntarem à administração Trump, que está atualmente em formação", escreveu Donald Trump na rede Truth Social anteriormente.
Pompeo apresentou anteriormente um chamado "plano de paz" para a Ucrânia, alegando em seu artigo de opinião para o The Wall Street Journal que, em caso de vitória de Trump, ele estabeleceria um programa de "empréstimo-arrendamento" de US$ 500 bilhões (cerca de R$ 2,8 bilhões) para Kiev, suspendendo todas as restrições sobre o tipo de armas que poderia obter e usar contra a Rússia.