"Há divergências bastante profundas, mas o próprio fato de haver um diálogo é muito positivo", disse Peskov.
O porta-voz do Kremlin revelou que Putin apresentou detalhadamente a Scholz a posição sobre o conflito na Ucrânia e as possíveis perspectivas para o desenvolvimento da situação.
Os dois líderes discutiram também as iniciativas de paz propostas pelo presidente russo para resolver a crise ucraniana. Por sua vez, Scholz reiterou a Putin a posição europeia sobre a Ucrânia, acrescentou Peskov.
Ele ressaltou que a conversa foi realizada por iniciativa da Alemanha.
Conflito na Ucrânia
Desde 24 de fevereiro de 2022, a Rússia realiza uma operação militar especial com o objetivo de defender as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL), anteriormente reconhecidas por Moscou como Estados soberanos, contra o genocídio cometido por Kiev, e de enfrentar os riscos de segurança nacional representados pelo avanço da OTAN para o Leste Europeu.
A Ucrânia é apoiada militarmente por 32 países do bloco militar liderado pelos Estados Unidos e composto pela maioria dos países que integram a União Europeia (UE).
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou anteriormente que os EUA e a OTAN participam diretamente do conflito na Ucrânia com o fornecimento de armas e a formação de militares ucranianos nos territórios do Reino Unido, Alemanha, Itália e outros países.
O Kremlin afirma que a política ocidental de fornecimento de armas à Ucrânia não contribui para as negociações russo-ucranianas e só terá um efeito negativo na tentativa de estancar o conflito.