Os polos magnéticos da Terra são pontos convencionais onde as linhas do campo magnético do planeta cruzam sua superfície em ângulos retos.
Os polos magnéticos não coincidem com os polos geográficos e podem mudar de posição.
"Os cientistas detectaram uma atividade inesperada no alto Ártico à medida que o Polo Norte magnético se dirige para a Rússia de uma forma nunca vista antes. [...] Nos últimos cinco anos, o Polo Norte magnético diminuiu significativamente sua velocidade para cerca de 25 km por ano", diz o artigo.
Conforme o dr. William Brown, funcionário do Serviço Geológico Britânico (BGS, na sigla em inglês), disse à publicação, nos séculos XVII e XX o ponto se moveu da costa do Canadá em direção à Sibéria a uma velocidade de cerca de dez a 15 km por ano.
Na década de 1990, a velocidade aumentou drasticamente para 55 km por ano.
Como apontou outro funcionário do serviço, dr. Ciaran Beggan, em uma entrevista ao Daily Mail, a velocidade do ponto aumentou constantemente no século XXI até 2019, quando começou uma forte desaceleração.
"Esse é um comportamento que nunca observamos antes. Isso dificulta a previsão de mudanças no campo magnético", disse ele.
O polo magnético do Hemisfério Norte foi descoberto em 1831 pelo explorador polar inglês James Ross no arquipélago Ártico canadense.
Sua localização mudou drasticamente desde então, e agora está no oceano Ártico central, deslocando-se em direção à costa russa.
A rápida deslocação do polo magnético é um problema para sistemas de navegação de todos os tipos, desde sistemas que controlam o movimento de navios nos oceanos até o Google Maps em celulares.
Todos eles são baseados no georreferenciamento preciso do polo magnético, para o qual aponta a agulha de qualquer bússola.