A decisão se refere ao inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder, mesmo após a derrota do ex-presidente para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.
Na conclusão da PF, que possui mais de 800 páginas, consta o nome de 37 pessoas, entre elas aliadas do ex-presidente, em especial o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
Os indiciados vão responder por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Os indiciados vão responder por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes está ouvindo, neste momento, o ex-ajudante de ordens do então presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, no bojo das investigações da tentativa de golpe recentemente revelada pela PF que previa — com rigor de planejamento — a sua própria prisão e execução, além das execuções do presidente eleito Lula e seu vice-presidente Geraldo Alckmin.
Em relatório enviado a Moraes, a PF aponta que Mauro Cid descumpriu os termos da delação, dificultando assim as investigações, apesar de a defesa do militar afirmar que não há razão para questionar sua conduta, aponta a Folha de S.Paulo.
Na terça-feira (19), a operação Contragolpe da PF prendeu cinco pessoas acusadas de tramarem o golpe: o general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo e o policial federal Wladimir Matos Soares.
Segundo as investigações, o plano de golpe foi elaborado por Fernandes e discutido na residência do general Walter Braga Netto, então ministro da Defesa, candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro na eleição de 2022.
De acordo com as investigações, um material sensível relacionado a um plano de execução das autoridades federais foi encontrado em aparelhos eletrônicos de Mauro Cid, o que coloca em xeque seu acordo de delação premiada, uma vez que o delator não pode omitir nenhuma informação.
Confira os 37 nomes revelados pelo portal de notícias g1:
1.
Ailton Gonçalves Moraes Barros2.
Alexandre Castilho Bitencourt da Silva3.
Alexandre Rodrigues Ramagem4.
Almir Garnier Santos5.
Amauri Feres Saad6.
Anderson Gustavo Torres7.
Anderson Lima de Moura8.
Angelo Martins Denicoli9.
Augusto Heleno Ribeiro Pereira10.
Bernardo Romão Corrêa Netto11.
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha12.
Carlos Giovani Delevati Pasini13.
Cleverson Ney Magalhães14.
Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira15.
Fabrício Moreira de Bastos16.
Filipe Garcia Martins17.
Fernando Cerimedo18.
Giancarlo Gomes Rodrigues19.
Guilherme Marques de Almeida20.
Hélio Ferreira Lima21.
Jair Messias Bolsonaro22.
José Eduardo de Oliveira e Silva23.
Laércio Vergílio24.
Marcelo Bormevet25.
Marcelo Costa Câmara26.
Mário Fernandes27.
Mauro Cesar Barbosa Cid28.
Nilton Diniz Rodrigues29.
Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho30.
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira31.
Rafael Martins de Oliveira32.
Ronald Ferreira de Araújo Júnior33.
Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros34.
Tércio Arnaud Tomaz35.
Valdemar Costa Neto36.
Walter Souza Braga Netto37.
Wladimir Matos Soares