Operação militar especial russa

Vladimir Putin coloca Ocidente em alerta com ataque de mísseis de última geração, diz analista

Após a Ucrânia ter usado mísseis ocidentais de longo alcance contra a Rússia e esta ter lançado um míssil de nova geração, o ex-analista da CIA Larry Johnson aponta que os mísseis seriam abrangidos pelo agora extinto Tratado INF.
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"Lembre-se de que houve o tratado de forças nucleares de alcance intermediário que foi assinado. Ele entrou em vigor com Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev em dezembro de 1987", diz Johnson à Sputnik. "O tratado tratava de mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro, lançadores de mísseis com um alcance de 500 a 1.000 km, ou seja, curto-médio alcance e 1.000 a 5.500 são chamados de alcance intermediário."
Segundo ele, o recente ataque de mísseis russo contra a cidade de Dnepropetrovsk na Ucrânia foi a maneira de o presidente Putin enviar uma mensagem para o Ocidente e, em particular, para os Estados Unidos, que "revogaram unilateralmente" o Tratado INF.

"O fato de os EUA terem revogado unilateralmente este tratado, eu acho que Vladimir Putin colocou os Estados Unidos e o Ocidente em alerta, 'ok, vocês revogaram esse tratado. Agora, vamos lhes mostrar o que temos'", explica Johnson.

Panorama internacional
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De acordo com o ex-analista, o ataque a Dnepropetrovsk mostra que a Rússia desenvolveu um míssil balístico de curto e médio alcance com capacidade MIRV, uma tecnologia que inclui vários veículos de reentrada independentes com ogivas múltiplas, permitindo atacar simultaneamente vários alvos.

"O que torna isso particularmente interessante é que este [míssil] é hipersônico, então ele voa a uma velocidade que nenhum sistema de defesa aérea ocidental é capaz de parar", acrescenta Johnson. "Assim, Vladimir Putin, ao destruir esta instalação militar em Dnepropetrovsk, enviou uma mensagem muito clara para o Ocidente de que mais se seguirão. Veremos se o Ocidente recua agora ou não."

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