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Putin confirma uso de míssil hipersônico Oreshnik em resposta a ataques com mísseis ocidentais

© Sputnik / POOL / Acessar o banco de imagensVladimir Putin, presidente russo, durante pronunciamento à nação sobre a resposta ao uso de mísseis ocidentais contra a Rússia, em Moscou, em 21 de novembro de 2024
Vladimir Putin, presidente russo, durante pronunciamento à nação sobre a resposta ao uso de mísseis ocidentais contra a Rússia, em Moscou, em 21 de novembro de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 21.11.2024
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Em pronunciamento em cadeia nacional, presidente russo afirmou que o conflito na Ucrânia adquiriu elementos de natureza global após ataques com uso de mísseis ocidentais nas regiões de Kursk e Bryansk.
O presidente russo, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (21), em discurso em cadeia nacional, o uso do missil hipersônico Oreshnik em resposta aos ataques com mísseis ocidentais contra o território russo.
Putin afirmou que o teste com o mais novo míssil de médio alcance hipersônico foi bem-sucedido, e alertou que "em caso de escalada, a Rússia responderá de forma decisiva e proporcional".

"Consideramos que temos o direito de usar nossas armas contra as instalações militares dos países que permitem que suas armas sejam usadas contra nossas instalações. Responderemos decisiva e proporcionalmente no caso de uma escalada de ações agressivas", disse.

O presidente afirmou que a Rússia solicitará antecipadamente aos civis na Ucrânia e aos cidadãos de outros Estados amigos que deixem zonas de possível destruição.
"Obviamente, sempre que identificarmos um alvo no território ucraniano para uma medida retaliatória necessária que envolva um sistema como o Oreshnik, pediremos aos civis e cidadãos de Estados amigos com antecedência para deixarem a zona de perigo. Faremos isso por preocupações humanitárias — publicamente e sem nenhuma consideração pelas contramedidas do inimigo", continuou Putin em seu discurso televisionado.
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Putin enfatizou que não foi a Rússia, mas os EUA que destruíram o sistema de segurança internacional.
"Os EUA estão empurrando o mundo inteiro para um conflito global", disse o presidente russo.
Ele confirmou que mísseis ocidentais de longo alcance foram utilizados em ataques às regiões de Kursk e Bryansk. Segundo o chefe de Estado russo, em 19 de novembro, seis mísseis ATACMS foram disparados e, em 21 de novembro, sistemas Storm Shadow também atingiram alvos nessas localidades.
Apesar disso, ele tornou a frisar que a Rússia está disposta a resolver questões controversas por meios pacíficos, embora esteja preparada para qualquer desenvolvimento dos eventos, garantindo que sempre haverá uma resposta.
Putin também confirmou que o ataque ao complexo "Yuzhmash" foi realizado com um míssil balístico equipado com tecnologia hipersônica não nuclear, reforçando a capacidade estratégica da Rússia em lidar com ameaças.
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Segundo o presidente, o conflito na Ucrânia adquiriu elementos de natureza global após os ataques de mísseis ocidentais de longo alcance em Kursk e Bryansk.
"A partir deste momento, como já enfatizamos repetidamente, o conflito regional na Ucrânia, anteriormente provocado pelo Ocidente, adquiriu elementos de natureza global", afirmou Putin.
Ele ressaltou que as tropas russas estão avançando com sucesso ao longo de toda a frente de combate e que todas as metas da operação militar especial serão alcançadas.
"Nossas tropas estão avançando com sucesso ao longo de toda a frente de combate. Todas as metas que estabelecemos para nós mesmos serão cumpridas", disse Putin.
Recentemente, o presidente dos EUA, Joe Biden, que está em suas últimas semanas de mandato, autorizou a Ucrânia a usar mísseis de longo alcance dos EUA para atacar o território da Rússia longe da zona de conflito.
Em coletiva dada à margem da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, o chanceler russo, Sergei Lavrov, afirmou que a medida é um sinal de que os EUA querem uma escalada no conflito.

"O fato de que ATACMS foram usados ​​repetidamente […] na região de Bryansk é, claro, um sinal de que [os Estados Unidos] querem escalar. É impossível usar esses mísseis de alta tecnologia sem os norte-americanos", disse o chanceler.

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