De acordo com Fidan, Trump tentou retirar as tropas da Síria durante seu primeiro mandato presidencial, mas foi impedido por "oficiais do Pentágono".
Nesse sentido, disse o ministro, Trump está agora selecionando cuidadosamente uma nova equipe administrativa para evitar a repetição de seus erros.
"De fato, a presença de 800 militares americanos na Síria traz poucos benefícios para os EUA. [...] Em todas as operações regionais, especialmente contra grupos pró-iranianos, o pessoal militar dos EUA na Síria e no Iraque é usado como refém. Enquanto os EUA atacam o Irã ou grupos pró-iranianos, seus militares estão sob ataque", explicou o chanceler da Turquia para a mídia turca.
Segundo ele, a administração do presidente dos EUA Joe Biden não quer repetir a situação parecida com aquela em que os militares norte-americanos saíram do Afeganistão em caos total.
Agora, liderados pelos republicanos, os Estados Unidos vão poder "tomar uma decisão positiva".
Os militares estadunidenses estão presentes na Síria em um território controlado por formações das chamadas Forças Democráticas da Síria, que consistem na sua maioria de curdos, um povo do Oriente Médio que vive na região etnográfica e histórica do Curdistão, que hoje faz parte de quatro Estados: a Turquia, o Irã, o Iraque e a Síria.
Devido à guerra civil contínua na Síria, os curdos controlam o nordeste da Síria que é rico em petróleo bruto.
Damasco, oficialmente, não reconhece a administração autônoma curda e tem repetidamente chamado a presença dos militares dos EUA em seu território de ocupação e pirataria estatal com o objetivo de roubo flagrante de petróleo.
Além disso, as autoridades sírias têm considerado repetidamente de ilegal a presença no território fronteiriço da Síria das forças turcas, que estão realizando operações contra formações curdas no local.