Panorama internacional

EUA e Reino Unido agem não só contra Rússia, mas também contra economias europeias, diz jornalista

Os Estados Unidos e o Reino Unido estão travando uma guerra não apenas contra a Rússia, mas também contra a França, a Itália e a Alemanha, que estão sofrendo economicamente, mas são dependentes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), opinou o jornalista italiano Giorgio Bianchi à Sputnik.
Sputnik
O Ocidente intensificou a pressão das sanções já impostas à Rússia após o início da operação militar especial na Ucrânia.
O presidente russo Vladimir Putin disse que a política de conter e enfraquecer a Rússia era uma estratégia de longo prazo do Ocidente, e que as sanções, de fato, causaram um sério golpe em toda a economia global.
De acordo com ele, o principal objetivo do Ocidente é piorar a vida de milhões de pessoas por todo o mundo.

"Tenho a impressão de que esta é uma guerra dos Estados Unidos não apenas contra a Rússia, mas também contra a Itália, a Alemanha e a França. Porque as sanções que os Estados Unidos forçaram nossos países a aplicar eu as chamo de autossanções, ou seja, essas sanções são mais direcionadas a nós do que à Rússia", acredita Bianchi.

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Em sua opinião, Washington e Londres se beneficiaram mais com essas sanções do que com o bombardeio de bairros industriais de países europeus pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

"As grandes empresas simplesmente serão transferidas para fora dos países. Elas já foram parcialmente transferidas para a Ásia e agora também serão transferidas para os EUA, porque há condições mais favoráveis para a existência de negócios lá", acrescentou o jornalista.

Bianchi também comentou as declarações das autoridades italianas sobre o uso de armas de longo alcance ocidentais por Kiev para atacar em profundidade a Rússia.
Oficialmente, a Itália está defendendo a proibição do uso de suas armas para atingir o território russo.
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Após relatos da mídia sobre a decisão do presidente dos EUA Joe Biden de autorizar à Ucrânia o uso de mísseis de longo alcance norte-americanos para ataques contra o território russo, o ministro das Relações Exteriores e vice-primeiro-ministro italiano, Antonio Tajani, disse que a Itália vai continuar a abordar sua linha anterior sobre o uso de armas na Ucrânia.
Essa proibição declarada publicamente pelas autoridades italianas não significa nada, já que a Itália, se solicitada pela OTAN, vai fornecer a assistência necessária para esses ataques com mísseis de outros países da aliança, segundo ele.
"A Itália está totalmente integrada à OTAN."
Do seu ponto de vista, essas declarações são "um teatro que continua a ser representado apenas para o eleitorado".
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Em 19 de novembro, as tropas ucranianas usaram mísseis de longo alcance ATACMS dos EUA e Storm Shadow do Reino Unido para atingir as regiões russas de Kursk e Bryansk.
Em resposta, em 21 de novembro, a Rússia atacou instalações do complexo industrial-militar ucraniano na cidade de Dnepropetrovsk (Dniepre, na denominação uraniana).
Pela primeira vez, um dos mais novos sistemas russos de mísseis de médio alcance Oreshnik foi testado em condições de combate, com um míssil balístico hipersônico, neste caso, sem ogivas nucleares.
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