O documento apresenta, entre outros detalhes, o mapeamento do status de atuação da administração pública federal nas regiões que fazem fronteira com os vizinhos sul-americanos, onde as obras estão sendo realizadas.
Segundo o governo federal, as rotas têm o papel de incentivar e reforçar o comércio do Brasil com os países da América do Sul e reduzir o tempo e o custo do transporte de mercadorias entre o Brasil e seus vizinhos e a Ásia.
Conforme o planejamento, as cinco rotas estão distribuídas da seguinte forma:
ilha das Guianas (Roraima, Amazonas, Pará e Amapá — Guiana Francesa, Suriname, Guiana e Venezuela)
Região Amazônica (Amazonas — Colômbia, Peru e Equador)
Quadrante Rondon (Acre, Rondônia e Mato Grosso — Peru, Bolívia e Chile)
Bioceânica de Capricórnio (Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina — Paraguai, Argentina e Chile)
Bioceânica do Sul (Santa Catarina e Rio Grande do Sul — Uruguai, Argentina e Chile)
O chamado pacote de integração, que compõe as 190 obras, inclui, segundo o relatório, 65 rodovias federais, 40 hidrovias, 35 aeroportos, 21 portos, 15 infovias, nove ferrovias e cinco linhas de transmissão de energia elétrica. As obras contemplam, ainda, investimentos diretos do governo federal até concessões ao setor privado.
"São 51 projetos que estão no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2025 que integram nossa agenda das Rotas de Integração Sul-Americana e que somam R$ 4,5 bilhões. Esses projetos presentes na proposta orçamentária do próximo ano funcionam como um 'guarda-chuva', abarcando grande parte das 190 obras constantes da agenda das Rotas de Integração Sul-Americana. Só não estão presentes no PLOA 2025 as iniciativas já concluídas e aquelas cujo início ocorrerá somente a partir de 2026", explica João Villaverde, secretário de Articulação Institucional do Ministério do Planejamento e Orçamento.
A ministra Simone Tebet, que apresentou informações sobre o relatório, ressaltou que a iniciativa permitirá "avanços sociais inestimáveis à população brasileira e aos povos vizinhos de nossos continentes. São 190 obras de infraestrutura presentes no Novo PAC que possuem caráter de integração espalhadas nos 11 estados: rodovias, portos, aeroportos, infovias, ferrovias, hidrovias e linhas de transmissão de energia elétrica".