Panorama internacional

Sahel: Chade rescinde acordo de cooperação em defesa com a França

O governo do Chade anunciou nesta quinta-feira (28) o fim do acordo de cooperação no setor de defesa com a França, informou a chancelaria. No fim do ano passado, Paris chegou a ter as Forças Armadas expulsas do Níger, movimento que foi seguido por outros vizinhos.
Sputnik

"O governo da República do Chade informa a comunidade nacional e internacional sobre a rescisão do acordo de cooperação em defesa assinado em 5 de setembro de 2019 com a República Francesa", destaca o comunicado do ministério, divulgado em suas redes sociais.

As autoridades agradeceram à França pela cooperação e se declararam dispostas a continuar um diálogo construtivo em busca de novas formas de parceria, acrescenta o texto.
Além disso, o comunicado sublinha que a decisão não coloca em dúvida as relações históricas e os laços de amizade entre os dois países, apesar da suspensão da parceria.
De acordo com a nota, o Chade permanece comprometido em manter acordos construtivos com a França em outras áreas de interesse comum, em benefício de ambos os povos.
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Países do Sahel e o terrorismo

Os países que fazem parte do Sahel, região africana que também compreende os Camarões, Níger e Nigéria, enfrentam ataques do Boko Haram – o grupo é considerado terrorista, sendo proibido na Rússia e em muitos outros países. Os atentados do grupo contra civis, inclusive por meio do uso de crianças-bomba, continuam sendo uma grande preocupação para o Chade.
A adesão do Chade à Aliança dos Estados do Sahel (AES) "seria uma das melhores alternativas para o país lidar com a eterna preocupação com a segurança", disse Youssouf Adam Abdallah, especialista chadiano em segurança internacional, defesa e cooperação africana, em uma entrevista à Sputnik na última semana.
Ele observou que a força militar conjunta para combater grupos terroristas, criada pelo Níger, Mali e Burkina Faso em março, poderia ajudar ainda mais o Chade a resolver os conflitos regionais.
Dado que o país já é membro de várias outras confederações de segurança com o Mali, Níger e Burkina Faso, "é, portanto, do interesse do Chade e do povo chadiano que o Chade se junte à Força AES", afirmou o especialista.
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