"Na sexta-feira (29) será assinado o protocolo de exportação de chia. A ministra das Relações Exteriores, Celinda Sosa, será a signatária em nome da Bolívia e a Alfândega Chinesa será a contrapartida", explicou Hugo Siles, embaixador boliviano em Pequim, durante entrevista ao canal estatal Bolivia TV.
A Bolívia, atualmente, já vende cereais como quinoa, carne bovina e soja para a China, e espera-se que a gama de produtos de exportação possa ser ampliada.
"Há uma expectativa muito grande da chegada da ministra das Relações Exteriores da Bolívia a Pequim, o que significa um passo histórico para viabilizar o protocolo de exportação de chia e viabilizar o imenso mercado que a China possui", afirmou o diplomata.
Segundo estimativas do embaixador boliviano, a China pode comprar 9 mil toneladas de chia por ano.
"O mercado chinês representa cerca de 9 mil toneladas por ano. O presidente Luis Arce instruiu priorizar a autorização dos protocolos de exportação; neste caso, o processo estava demorando por questões fitossanitárias", indicou.
Superalimentos como chia e quinoa contêm maiores quantidades de nutrientes – como vitaminas, minerais e antioxidantes – do que outros alimentos comuns, segundo a autoridade boliviana.
Em relação ao comércio internacional, em 2022 a Bolívia exportou mercadorias para a China por mais de US$ 800 milhões (R$ 4,8 bilhões) e importou mais de US$ 2,5 bilhões (R$ 15 bilhões), segundo dados do governo boliviano.