"Uma fonte da força de paz das Nações Unidas no Líbano, a UNIFIL, disse que Israel violou seu acordo de cessar-fogo com o Líbano 'aproximadamente 100' vezes desde que a trégua entrou em vigor na semana passada", escreveu a mídia.
Israel vem realizando ataques diários desde quinta-feira (28), um dia após o cessar-fogo entrar em vigor. Segundo o Hezbollah, Israel, além de violar continuamente o espaço aéreo libanês com aeronaves militares que chegam à capital, Beirute, "atirou em civis e realizou ataques aéreos em diferentes partes do Líbano, resultando no martírio de cidadãos".
Segundo o portal hebraico Ynet, os governos dos EUA e da França, mediadores do cessar-fogo, alertaram Israel de que seus ataques estavam violando os termos do acordo.
Como resultado, o movimento libanês revidou com o disparo de projéteis em direção a Ruwaysat al-Alam, "território pertencente ao exército inimigo israelense nas colinas ocupadas de Kfar Shouba, no Líbano", disse o Hezbollah.
A região é localizada próxima às Fazendas de Sheeba, denominadas por Israel como Monte Dov. Segundo a lei internacional, o território é considerado sírio, porém Israel ocupou o local junto com as Colinas de Golã, em 1967.
"Os lançamentos do Hezbollah hoje à noite constituem uma violação do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Líbano", disseram as FDI em seu canal no Telegram. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou o disparo do Hezbollah como "uma violação séria do acordo de cessar-fogo" em sua conta no X (antigo Twitter).
Em resposta ao disparos do Hezbollah, a Força Aérea Israelense realizou bombardeios contra posições do grupo libanês. Segundo o Ministério da Saúde libanês, nove pessoas morreram como resultado dos ataques.
O ponto de contenção entre ambas as partes se dá pela presença de militantes do Hezbollah ao sul do rio Litani. "Uma violação fundamental do acordo. Eles devem se mover para o norte", disse o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, no X.
Segundo os termos do cessar-fogo, o Hezbollah deve ceder suas posições ao Exército libanês.
"O Estado de Israel exige que as partes relevantes no Líbano cumpram suas responsabilidades e impeçam a atividade hostil do Hezbollah de dentro do território libanês", afirmaram as FDI na mesma nota.