"Foi alcançado um acordo para continuar as consultas e a coordenação entre os três países, a fim de monitorar os acontecimentos na Síria e estar preparado para quaisquer desenvolvimentos nos próximos dias", afirma o documento.
Os chanceleres concordaram que qualquer ameaça à segurança da Síria "representa um perigo comum para a região" e que, para eliminar todas as possibilidades de escalada na área, "não há alternativa senão consultas, cooperação e as negociações diplomáticas em curso".
"A necessidade de mobilizar todos os esforços árabes possíveis, tanto regionais como internacionais, foi confirmada para alcançar soluções pacíficas para os desafios que a região enfrenta em geral e na Síria em particular", diz o comunicado.
Tensões na Síria
No dia 27 de novembro, terroristas da Tahrir al-Sham — anteriormente chamada Frente al-Nusra, uma organização terrorista banida na Rússia e em outros países — lançaram, juntamente com vários grupos armados da oposição síria, uma ofensiva em grande escala contra o exército do país nas províncias sírias de Aleppo e Idlib. Ações na região retornaram pela primeira vez desde 2016.
Também na semana passada, em 30 de novembro, os radicais tomaram o controle da cidade de Aleppo, incluindo o aeroporto internacional e a base aérea de Kuweires, algo que não acontecia desde a eclosão do conflito armado na Síria, em março de 2011, em que as forças governamentais enfrentam grupos armados de oposição e organizações terroristas.
Os comandantes regulares do Exército afirmam ter interrompido a ofensiva na área de Hama e recuperado algumas cidades.
Desde março de 2011, a Síria tem vivido um conflito em que as forças do governo enfrentam grupos armados de oposição e organizações terroristas.
Nesta sexta-feira, a estação de rádio local Sham FM informou que grupos armados tomaram as cidades de Al-Rastan e Talbiseh, localizadas entre as províncias de Hama e Homs.