A polícia disse que montou uma equipe de investigação especial de 120 membros para analisar quatro queixas que acusam o presidente e outros indivíduos de alta traição, motim e abuso de poder em relação a imposição e posterior suspensão da lei marcial.
O gabinete do procurador acrescentou que está sendo formada uma sede de investigação chefiada pelo chefe da Procuradoria Superior de Seul, Park Se-hyun, para analisar outras reclamações semelhantes.
Além disso, segundo informações da Yonhap, o presidente Yoon Suk-yeol ordenou prender líderes de ambos os partidos governista e da oposição, inclusive:
O líder do Partido Democrático Lee Jae-myung;
O líder do Partido do Poder Popular (governista) Han Dong-hoon;
O presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-shik;
O líder do Partido de Reconstrução da Coreia, de oposição menor, Cho Kuk;
E outros políticos, de acordo com a agência de notícias sul-coreana.
Lei marcial na Coreia do Sul
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, anunciou na terça-feira lei marcial "para acabar com as forças pró-Coreia do Norte e manter a ordem constitucional liberal", depois de o Partido Democrático da oposição ter apoiado um projeto de redução do orçamento e apresentado uma moção de impeachment contra o auditor de Estado e o procurador-geral.
As Forças Especiais do Exército foram enviadas ao parlamento do país para impedir a entrada de parlamentares, mas a Assembleia Nacional da Coreia do Sul ainda conseguiu se reunir e votar pelo fim da lei marcial.
A oposição da Coreia do Sul afirmou que apresentará acusações de golpe de Estado contra o presidente, o ministro da Defesa, o ministro do Interior e da Segurança e outros importantes militares e policiais envolvidos na situação.
Além disso, os partidos de oposição apresentaram ao parlamento projetos de impeachment contra o presidente e o ministro da Defesa, com votação prevista para os dias 6 e 7 de dezembro.