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Presidente da Coreia do Sul suspende lei marcial, diz agência sul-coreana
Presidente da Coreia do Sul suspende lei marcial, diz agência sul-coreana
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O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, suspendeu a lei marcial imposta por ele mesmo mais cedo nesta terça-feira (3), informa a agência sul-coreana... 03.12.2024, Sputnik Brasil
2024-12-03T17:19-0300
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"Às 23h da noite passada [horário local], declarei lei marcial com a firme vontade de salvar o país contra forças anti-Estado que tentam paralisar as funções essenciais do Estado e derrubar a ordem constitucional da democracia liberal", afirmou Yoon Suk-yeol.O Estado-Maior Conjunto disse que as tropas mobilizadas para executar a lei marcial retornaram à base em um movimento que restaurou um senso de normalidade.A Yonhap destacou ainda que o decreto gerou perturbações até mesmo nos Estados Unidos, maior aliado da República da Coreia. "Autoridades dos EUA expressaram 'grave preocupação' e enfatizaram a esperança de Washington de que quaisquer disputas 'políticas' na Coreia do Sul sejam resolvidas 'pacificamente'."O decreto do presidente sul-coreano fez com que a lei marcial fosse implementada na Coreia pela primeira vez em 45 anos. Segundo a Constituição da Coreia do Sul, o presidente pode declarar o regime em caso de guerra, conflito armado ou outra emergência nacional grave que necessite de intervenção do Exército para manter a ordem.De acordo com Yoon Suk-yeol, a medida foi necessária para proteger o país de "forças comunistas" ligadas à vizinha do Norte, República Popular da Coreia, e "proteger a ordem constitucional e a liberdade".A lei marcial foi declarada, contudo, após o partido presidencial Poder Popular (PPP) sofrer derrotas legislativas para a oposição, liderada pelo Partido Democrata (PD), com a diminuição no orçamento parlamentar e a aprovação de dois pedidos de impeachment contra um auditor estatal e contra o procurador-geral.Apesar das tentativas de bloqueio pelas Forças Armadas, que proibiram todas as atividades políticas, membros da Assembleia Nacional se reuniram no parlamento unicameral da República da Coreia para votar se apoiavam ou não a lei marcial.Dos 300 deputados, 190 conseguiram entrar. Todos, de membros do partido do presidente à oposição, votaram contra a lei marcial.Entre os parlamentares que se posicionaram contra estão o presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-shik (sem partido); o líder do Partido Democrata, Lee Jae-myung; e o líder do partido presidencial Poder Popular, Han Dong-hoon.Em anúncio, o presidente sul-coreano pediu ao parlamento que parasse de interferir no funcionamento regular do Estado a partir de ações como impeachments e "manipulações orçamentárias"."Até agora, a Assembleia Nacional iniciou 22 moções de impeachment contra funcionários do governo desde que nosso governo foi lançado, e atualmente está buscando o impeachment do décimo funcionário desde o lançamento da 22ª Assembleia Nacional em junho", destacou o presidente.Membros do Partido Democrata afirmam, entretanto, que o presidente perdeu a confiança da população e "não pode mais governar o país", devendo ser afastado do cargo e preso, diz a Yonhap citando o parlamentar Park Chang-dae.
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Presidente da Coreia do Sul suspende lei marcial, diz agência sul-coreana
17:19 03.12.2024 (atualizado: 21:28 03.12.2024) O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, suspendeu a lei marcial imposta por ele mesmo mais cedo nesta terça-feira (3), informa a agência sul-coreana Yonhap. A decisão vem após uma votação unânime dos parlamentares da Assembleia Nacional de não apoiar a medida presidencial.
"Às 23h da noite passada [horário local],
declarei lei marcial com a firme vontade de salvar o país contra forças anti-Estado que tentam paralisar as funções essenciais do Estado e derrubar a ordem constitucional da democracia liberal", afirmou
Yoon Suk-yeol.
"No entanto, retirei as tropas mobilizadas depois que a Assembleia Nacional exigiu que a lei marcial fosse suspensa. Suspenderei a lei marcial imediatamente, aceitando a demanda da Assembleia Nacional por meio de meu gabinete."
O Estado-Maior Conjunto disse que as tropas
mobilizadas para executar a lei marcial retornaram à base em um movimento que restaurou um senso de normalidade.
A Yonhap
destacou ainda que
o decreto gerou perturbações até mesmo nos Estados Unidos, maior aliado da República da Coreia. "Autoridades dos EUA expressaram 'grave preocupação' e enfatizaram a esperança de Washington de que quaisquer disputas 'políticas' na Coreia do Sul sejam resolvidas 'pacificamente'."
O decreto do presidente sul-coreano fez com que a lei marcial fosse implementada na Coreia pela primeira vez em 45 anos. Segundo a Constituição da Coreia do Sul, o presidente pode declarar o regime em caso de guerra, conflito armado ou outra emergência nacional grave que necessite de intervenção do Exército para manter a ordem.
De acordo com Yoon Suk-yeol, a medida foi necessária para
proteger o país de "forças comunistas" ligadas à vizinha do Norte,
República Popular da Coreia, e "proteger a ordem constitucional e a liberdade".
A lei marcial foi declarada, contudo, após o partido presidencial Poder Popular (PPP) sofrer derrotas legislativas para a oposição, liderada pelo Partido Democrata (PD), com a diminuição no orçamento parlamentar e a aprovação de dois pedidos de impeachment contra um auditor estatal e contra o procurador-geral.
Apesar das tentativas de bloqueio pelas Forças Armadas, que proibiram todas as atividades políticas, membros da Assembleia Nacional se reuniram no parlamento unicameral da República da Coreia para votar se apoiavam ou não a lei marcial.
Dos 300 deputados, 190 conseguiram entrar. Todos, de membros do partido do presidente à oposição, votaram contra a lei marcial.
Entre os parlamentares que se posicionaram contra estão o presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-shik (sem partido); o líder do Partido Democrata, Lee Jae-myung; e o líder do partido presidencial Poder Popular, Han Dong-hoon.
Em anúncio, o presidente sul-coreano pediu ao parlamento que parasse de interferir no funcionamento regular do Estado a partir de ações como impeachments e "manipulações orçamentárias".
"Até agora, a Assembleia Nacional iniciou 22 moções de impeachment contra funcionários do governo desde que nosso governo foi lançado, e atualmente está buscando o impeachment do décimo funcionário desde o lançamento da 22ª Assembleia Nacional em junho", destacou o presidente.
"Isso não é apenas sem precedentes em qualquer país do mundo, mas também uma situação sem precedentes desde a fundação do nosso país."
Membros do Partido Democrata afirmam, entretanto, que o presidente perdeu a confiança da população e "não pode mais governar o país", devendo ser afastado do cargo e preso, diz a Yonhap citando o parlamentar Park Chang-dae.
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