Panorama internacional

Presidente sul-coreano pede desculpas à nação por impor lei marcial

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, em discurso à nação nesta sexta-feira (6), pediu desculpas pela imposição da lei marcial na última terça-feira (3).
Sputnik
O pronunciamento ocorreu horas antes da votação prevista pelo parlamento sul-coreano de seu impeachment, em sua primeira aparição desde que invocou o mecanismo, normalmente utilizado em tempos de guerra e graves crises sociais:

"Sinto muito sinceramente e peço desculpas às pessoas que devem ter ficado muito surpresas. Não vou fugir da responsabilidade legal e política relacionada a esta declaração de lei marcial", disse Yoon em um discurso público televisionado, ao negar rumores de que imporia uma nova declaração de lei marcial.

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Ele disse ainda que confiaria em seu partido para decidir seu destino político, bem como estabilizar a situação no país.
Enquanto isso, o líder do partido governista da Coreia do Sul, Han Dong-hoon, disse que a renúncia do presidente seria inevitável, conforme relatado pela agência de notícias Yonhap.
A Assembleia Nacional da República da Coreia acusa Yoon de abuso de sua autoridade para tentar se manter no poder, ao impor a lei marcial sem justificativa adequada e em violação da lei.
O parlamento da Coreia do Sul votará também sobre um pedido de investigação da primeira-dama do país, Kim Kyung-hee, antes de considerar o impeachment do presidente.
A lei marcial foi imposta pelo presidente, depois que o Partido Democrático, da oposição ao governo, ter apoiado um projeto de redução do orçamento e apresentado uma moção de impeachment contra o auditor de Estado e o procurador-geral.
As Forças Especiais do Exército foram enviadas ao parlamento do país para impedir a entrada de parlamentares, mas a Assembleia Nacional da Coreia do Sul ainda conseguiu se reunir e votar pelo fim da lei marcial.
Para remover o presidente é necessário 200 dos 300 votos da Assembleia Nacional. Dessa forma, será necessário o apoio de oito deputados do partido presidencial, Poder Popular, para que a medida entre em vigor.
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