O pronunciamento ocorreu horas antes da votação prevista pelo parlamento sul-coreano de seu impeachment, em sua primeira aparição desde que invocou o mecanismo, normalmente utilizado em tempos de guerra e graves crises sociais:
"Sinto muito sinceramente e peço desculpas às pessoas que devem ter ficado muito surpresas. Não vou fugir da responsabilidade legal e política relacionada a esta declaração de lei marcial", disse Yoon em um discurso público televisionado, ao negar rumores de que imporia uma nova declaração de lei marcial.
Ele disse ainda que confiaria em seu partido para decidir seu destino político, bem como estabilizar a situação no país.
Enquanto isso, o líder do partido governista da Coreia do Sul, Han Dong-hoon, disse que a renúncia do presidente seria inevitável, conforme relatado pela agência de notícias Yonhap.
A Assembleia Nacional da República da Coreia acusa Yoon de abuso de sua autoridade para tentar se manter no poder, ao impor a lei marcial sem justificativa adequada e em violação da lei.
O parlamento da Coreia do Sul votará também sobre um pedido de investigação da primeira-dama do país, Kim Kyung-hee, antes de considerar o impeachment do presidente.
A lei marcial foi imposta pelo presidente, depois que o Partido Democrático, da oposição ao governo, ter apoiado um projeto de redução do orçamento e apresentado uma moção de impeachment contra o auditor de Estado e o procurador-geral.
As Forças Especiais do Exército foram enviadas ao parlamento do país para impedir a entrada de parlamentares, mas a Assembleia Nacional da Coreia do Sul ainda conseguiu se reunir e votar pelo fim da lei marcial.
Para remover o presidente é necessário 200 dos 300 votos da Assembleia Nacional. Dessa forma, será necessário o apoio de oito deputados do partido presidencial, Poder Popular, para que a medida entre em vigor.