Segundo um membro do Comitê de Inteligência do parlamento sul-coreano, a proposta de realizar ataques contra o território norte-coreano foi lançada pelo ex-ministro da Defesa do país Kim Yong-hyun, que teria desempenhado um papel fundamental na direção das tropas envolvidas no bloqueio do parlamento e da Comissão Eleitoral durante a lei marcial.
"Recebi a informação de que o ex-ministro da Defesa, desde a semana passada, ordenou ao chefe do Estado-Maior Conjunto Kim Myung-soo que desse um aviso de fogo e, depois disso, atacasse os locais de lançamento de balões com lixo na Coreia do Norte, caso eles chegassem", diz a fonte da Yonhap.
Porém, essa diretriz do ministro não estava planejada para ser implementada devido à oposição de Kim Myung-soo e outros altos comandantes do Exército sul-coreano.
O Estado-Maior Conjunto, por sua vez, disse que "não havia recebido instruções para atacar locais de lançamento" dentro da Coreia do Norte.
Contudo, o comando reconheceu que "discussões sobre táticas relacionadas a ataques", aparentemente sugeridas pelo ministro da Defesa, haviam de fato ocorrido recentemente.
A última vez que balões contendo dejetos foram lançados da Coreia do Norte foi na noite de 28 para 29 de novembro, quatro dias antes de o presidente sul-coreano ter anunciado a lei marcial.
Isso levantou especulações na mídia de que o ministro da Defesa Kim Yong-hyun poderia querer iniciar um conflito de fronteira com Pyongyang lançando ataques preventivos na linha de demarcação militar para obter justificativa para a imposição da lei marcial.