"No Congresso não há nenhum bunker [onde se pratique prostituição], nem aqui nem em nenhum dos edifícios. Todos os espaços são públicos, conhecidos e estão a serviço dos parlamentares", afirmou Salhuana em uma coletiva de imprensa em Lima.
Anteriormente, Mirtha Vásquez, que presidiu o Congresso entre 2020 e 2021, denunciou a existência de "espaços quase secretos" no parlamento, aos quais se referiu como "bunker". Segundo ela, as áreas contam com camas, macas de massagem e bebidas alcoólicas.
Embora não tenha confirmado diretamente, Vásquez relatou surpresa ao descobrir esses locais e insinuou a possibilidade de que poderiam ter sido usados para a prática de prostituição.
Uma investigação jornalística local, divulgada na última semana, também revelou a suposta existência de uma rede de prostituição dentro do Congresso.
Segundo a investigação, Jorge Torres, ex-chefe do Escritório Jurídico e Constitucional da Casa, teria sido o líder da rede, que contratava mulheres sob a fachada de assessoramento e secretariado para que atuassem como prostitutas no local.
Além disso, a investigação apontou Andrea Vidal, ex-assessora parlamentar, como a suposta responsável por recrutar as mulheres. Ela foi desligada do Congresso em setembro de 2024 e, após a divulgação da investigação, assassinada em 16 de dezembro enquanto viajava de táxi em Lima.