A Rússia, sendo uma das maiores produtoras de gás, está entre os principais fornecedores de gás para a Europa, com uma grande parte do gás sendo fornecido através do território ucraniano.
O atual acordo sobre o trânsito de gás russo para a Europa via Ucrânia expira no final do ano.
As autoridades ucranianas têm dito repetidamente que não têm planos de prorrogá-lo.
O presidente russo Vladimir Putin disse durante sua Linha Direta na quinta-feira (19) que o contrato sobre o trânsito de gás pela Ucrânia não estará mais em vigor.
Nesse contexto, a EU, que depende muito do gás russo, está buscando fontes alternativas de gás.
Por exemplo, em outubro, o bloco importou gás natural liquefeito do México pela primeira vez, por quase € 35 milhões (R$ 222 milhões).
Além disso, após um intervalo de um mês, foram retomadas as compras do Egito, por € 32 milhões (R$ 203 milhões), e da Indonésia, por € 3 milhões (R$ 19 milhões).
No mês anterior, em setembro, a UE voltou a importar gás natural liquefeito de Angola, pagando € 119 milhões (R$ 755 milhões) em dois meses.
Este ano, pela primeira vez, a República do Congo esteve entre os fornecedores, fornecendo € 109 milhões (R$ 692 milhões) em gás para a Europa.
Entretanto, se a Ucrânia interromper o trânsito, essas fontes serão insuficientes para substituir a queda no fornecimento de gás russo.
Assim, a UE perderá cerca de 5% de suas importações de gás, de acordo com os cálculos da empresa de análise Bruegel, enquanto os países mencionados acima forneceram à UE cerca de 0,5% de todo o gás comprado no exterior.