O reitor da universidade, Anatoly Nikolaev, e o diretor do museu apresentaram a descoberta única na segunda-feira (23).
"No momento, podemos dizer que esta é uma das melhores carcaças de mamute já encontradas no mundo. Um total de seis restos de mamutes foram encontrados anteriormente no mundo, cinco deles na Rússia", observou Cheprasov.
Segundo ele, as partes traseira e dianteira de um filhote de mamute foram descobertas por moradores locais em junho deste ano na cratera Batagaika, no norte da Sibéria, república russa da Yakútia.
O filhote de mamute tem 120 centímetros de altura na cernelha e menos de dois metros de comprimento.
Os cientistas determinaram que se trata de uma fêmea de cerca de um ano de idade.
O norte da Sibéria possui uma área vasta do pergelissolo, uma camada do subsolo da crosta terrestre que é permanentemente congelada.
A temperatura constante abaixo de zero permite que os restos de animais e plantas antigos sejam preservados.
Grande parte do pergelissolo atual foi herdado da última era glacial e agora está derretendo lentamente, revelando cada vez mais restos preservados dos animais pré-históricos.
Cheprasov contou que a parte dianteira do filhote de mamute derreteu primeiro e por isso se separou da traseira que ainda estava conservada no pergelissolo.
Os moradores locais construíram uma maca com meios improvisados e elevaram o achado da cratera à superfície.
Em outubro, a parte do corpo do animal foi entregue a Yakutsk, capital da Yakútia onde o laboratório da Universidade Federal do Nordeste iniciou estudos genéticos preliminares.
O filhote de mamute foi batizado de Yana em homenagem ao rio Yana, no distrito de Verkhoyansk, na Yakútia.