Na quarta-feira (25), o Hamas acusou Israel de impor novas condições relacionadas à retirada da Faixa de Gaza, ao cessar-fogo, à troca de prisioneiros e ao retorno de pessoas deslocadas.
Por sua vez, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o Hamas está dificultando a conclusão de um acordo sobre o cessar-fogo em Gaza e a troca de reféns ao renegar os acordos já feitos.
"Desta vez, o inimigo [Israel] se recusa a fornecer mapas claros para a retirada da Faixa de Gaza, ou seja, não quer definir onde e quando se retirará. Ele não quer pronunciar palavras claras e definitivas sobre o fim da guerra", disse Naim.
Ele enfatizou que o Hamas demonstrou flexibilidade em termos de detalhes relacionados à retirada israelense da Faixa de Gaza.
Contudo, a questão do desarmamento das facções palestinas não estava em cima da mesa nas negociações sobre o cessar-fogo e troca de prisioneiros entre Israel e Hamas.
"O povo palestino, enquanto estiver sob ocupação, tem o direito de se livrar da ocupação e de estabelecer seu próprio Estado e, portanto, tem o direito de resistir a essa ocupação por todos os meios legítimos, inclusive a resistência armada", afirmou Naim.
Ao mesmo tempo, o movimento palestino aprecia a avaliação das ações de Israel na Faixa de Gaza feita pelo presidente russo, Vladimir Putin.
Anteriormente, Putin disse que os objetivos de Israel na Faixa de Gaza são desconhecidos, mas que suas ações merecem apenas condenação.
26 de dezembro 2024, 22:18
Antecedentes
Em 7 de outubro de 2023, Israel foi alvo de um ataque de foguetes sem precedentes a partir da Faixa de Gaza.
Depois disso, combatentes do movimento palestino Hamas se infiltraram nas áreas de fronteira, abriram fogo contra militares e civis e fizeram mais de 200 reféns.
De acordo com as autoridades, cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas nessa ocasião.
As Forças de Defesa de Israel lançaram, em resposta, a operação Espadas de Ferro na Faixa de Gaza, incluindo ataques a alvos civis.
Israel anunciou um bloqueio completo do enclave: o fornecimento de água, eletricidade, combustível, alimentos e medicamentos foi interrompido.
Mais de 45 mil pessoas foram mortas e mais de 108 mil ficaram feridas no território palestino, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.