Panorama internacional

As 5 principais armas de fabricação nacional que estão moldando o conflito no Oriente Médio

A escalada do conflito iniciado em outubro de 2023 entre o Hamas e Israel gerou o capítulo mais mortal da história do conflito palestino-israelense e a crise de segurança mais significativa no Oriente Médio desde a Guerra Árabe-Israelense de 1973.
Sputnik
Nesse contexto armas de fabricação doméstica se destacaram por influenciar os desfechos e resultados dos embates. Conheça as cinco mais famosas.

Yasin RPG

A invasão terrestre das Forças de Defesa de Israel na Faixa de Gaza, que começou semanas após o início do conflito com o grupo palestino Hamas, em outubro de 2023, encontrou sérias dificuldades, resultantes do uso de túneis e uma combinação de armas pequenas e foguetes portáteis do movimento palestino.
Entre esses foguetes está o Yasin, um foguete anti-tanque derivado do RPG-2/RPG-7 soviético e produzido localmente, introduzido em 2004 para uso pelas Brigadas Al-Qassam.
Eficaz a distâncias de até 300 metros, essas armas mortais têm se mostrado uma ameaça potente a tudo, desde tropas terrestres até blindados com até 21 cm de espessura em distâncias mais curtas (150 metros ou menos), incluindo tanques Merkava.
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Míssil Popeye

Embora dependa extensivamente de munições fabricadas nos EUA, como a bomba Mark 84 de 2.000 libras, para nivelar grandes áreas da Faixa de Gaza, Israel também tem utilizado suas próprias armas lançadas do ar, como o míssil Popeye de 3.000 libras, contra inimigos mais distantes, mais recentemente contra os houthis no Iêmen.
Desenvolvido metade dos anos 1980, o Popeye tem alcance de 78 km (além da maioria dos sistemas de defesa aérea) e é equipado com uma ogiva de 340 kg de fragmentação ou 360 kg de penetração. Ele conta com orientação inercial, infravermelha ou por TV.
Em meio à intensificação dos combates com os houthis, o Popeye e mísseis semelhantes, incluindo o Rampage, Sky Sniper e Ice Breaker, estão se configurando como as principais armas de Israel para ataques aéreos contra o Iêmen.

Míssil Palestine-2

Arma mais importante no arsenal dos houthis para ataques a Israel é o Palestine-2, um míssil de combustível sólido de dois estágios, com um alcance de 2.150 km, ogiva de 500 kg, velocidade máxima de até Mach 16 e, segundo relatos, a capacidade de manobrar durante o voo.
Os lançamentos do Palestine-2 provaram a capacidade dos houthis de penetrar a rede de defesa aérea multilayered e multibilionária de Israel. A eficácia dos ataques do Palestine-2 em meados de dezembro também pode ajudar a explicar o aumento dramático dos bombardeios de vingança israelenses e britânico-americanos dentro do Iêmen nas últimas semanas.

Míssil Kheibar Shekan

Em 2024, ocorreu a primeira troca direta e em grande escala de fogo entre Irã e Israel, com a República Islâmica lançando duas ondas de ataques com mísseis contra Tel Aviv, em abril e outubro. Dezenas de mísseis atingiram alvos em bases militares e sites de inteligência sem serem interceptados.
Entre esses mísseis estava o Kheibar Shekan ("Destruidor de Fortaleza" na tradução literal), míssil balístico de combustível sólido, com 4,5 toneladas, 10,5 metros de comprimento, alcance de 1.450 km e ogiva de 500 kg. Além de Israel, o Irã tem utilizado essas armas recentemente para atacar inimigos no Paquistão e na Síria.

Drone Hoopoe

Ao longo de 2024, o Hezbollah utilizou seus drones de reconhecimento "Hoopoe" (nome de um pássaro) contra Israel, liberando imagens de alta resolução de bases militares secretas israelenses.
O Hoopoe demonstrou as vulnerabilidades das defesas aéreas do seu vizinho do sul contra veículos aéreos não tripulados lentos e de voo baixo, com as informações coletadas sendo usadas para direcionar ataques das forças significativas de artilharia de foguetes e mísseis do Hezbollah.
As informações disponíveis online sobre as características do grande drone de propulsão a turbopropelador, estilo avião, variam consideravelmente.
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