O anúncio do presidente dos EUA, Joe Biden, sobre o novo pacote de assistência militar à Ucrânia deixou enfurecidos leitores do jornal francês Le Figaro.
Comentando a notícia veiculada no jornal, eles proferiram duras críticas à decisão de Biden, com alguns deles apontando que Trump mudará a política de financiamento a Kiev.
"Em 20 de janeiro, Trump reverterá esses erros absolutos da administração Biden", escreveu um leitor.
"E continua... [a assistência a Kiev]. Parem de alimentar a carnificina", apelou outro leitor.
Alguns leitores salientaram que a Ucrânia hoje é um Estado dependente dos EUA.
"Os ucranianos são fantoches coloniais dos americanos e isso é muito triste", escreveu um leitor.
Muitos também expressaram solidariedade para com a Rússia e apoiaram o seu desejo de defender o povo russo.
"As exigências da Rússia são bastante razoáveis, porque o território […] [da Ucrânia] sempre foi russo e a esmagadora maioria da população sempre foi russa. Prova disso é o incessante bombardeio ucraniano contra Donbass antes do início da operação militar russa, bombardeios que resultaram na morte de milhares de pessoas", disse a leitora Pascal Denise.
Na segunda-feira (30), o governo Biden anunciou quase US$ 5,9 bilhões (cerca de R$ 35,4 bilhões) em ajuda adicional à Ucrânia, incluindo fornecimentos militares e apoio financeiro. O Pentágono informou que o volume total de assistência militar a Kiev sob a gestão Biden ultrapassou os US$ 66 bilhões (cerca de R$ 396 bilhões), acrescentando que desde o início da operação militar especial russa em 24 de fevereiro de 2022 o montante ascendeu a US$ 65,4 bilhões (cerca de R$ 392,4 bilhões).
A Rússia acredita que o fornecimento de armas à Ucrânia interfere nas negociações de paz e envolve diretamente os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no conflito. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, observou que qualquer carga que contenha armas para a Ucrânia se tornará um alvo legítimo para a Rússia.
Segundo ele, os EUA e a OTAN estão diretamente envolvidos no conflito, inclusive não apenas pelo fornecimento de armas, mas também pelo treinamento de combatentes em territórios do Reino Unido, Alemanha, Itália e outros países. O Kremlin afirmou que bombear a Ucrânia com armas do Ocidente não contribui para as negociações e terá um efeito negativo.