Anteriormente, Zelensky disse em uma entrevista que Trump "poderia ser decisivo" e chamou-o de "forte e imprevisível", expressando uma esperança de que essa imprevisibilidade diria respeito principalmente à Rússia.
Zelensky também confirmou que Kiev vai estar pronta para conversas com Trump sobre a solução ucraniana já no final deste mês.
"Não sei quais são as ilusões que Zelensky tem sobre Trump, mas provavelmente vive com elas e espera que ele e Trump decidam juntos o destino da Rússia e da Europa", disse Kilinkarov.
Ele enfatizou que, durante toda a entrevista, Zelensky evitou uma resposta direta à pergunta se está pronto para negociar a solução do conflito ucraniano.
Em resposta, disse o especialista, Zelensky estava inventando histórias estranhas literalmente durante a entrevista.
"Na verdade, ele enfatizou que não pretende se sentar à mesa de negociações com Moscou, embora ninguém o tenha chamado para isso. Mas ele tem a ilusão de que, sob a pressão de Trump, a Rússia iniciará negociações. E disse que gosta da posição de Trump de 'paz por meio da força', mas não percebe que isso afetará mais ele e a Ucrânia do que a Rússia", concluiu Kilinkarov.
Por sua vez, em 14 de junho de 2024, o presidente russo Vladimir Putin indicou as seguintes condições para a solução do conflito ucraniano:
Retirada completa do Exército ucraniano das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) e das regiões de Zaporozhie e Kherson;
Reconhecimento das realidades territoriais consagradas na Constituição russa;
Status neutro, não alinhado e não nuclear da Ucrânia;
Desmilitarização e desnazificação da Ucrânia;
Garantia dos direitos, liberdades e interesses dos cidadãos ucranianos de língua russa;
Cancelamento de todas as sanções impostas à Rússia.