Um dos principais temas discutidos foi a decisão da Meta, empresa proibida na Rússia por atividades extremistas, e seu diretor-executivo, Mark Zuckerberg, de pôr fim ao seu programa de checagem de fatos.
"Eles concordaram que liberdade de expressão não significa liberdade de espalhar mentiras, preconceitos e ofensas. Ambos consideraram positivo que Brasil e Europa sigam trabalhando juntos para impedir que a disseminação de 'fake news' coloque em risco a soberania dos países, a democracia e os direitos fundamentais de seus cidadãos", afirmou a nota.
Tanto a Europa quanto o Brasil possuem regulações mais rígidas do que os Estados Unidos sobre a atuação das redes sociais na disseminação dos discursos de ódio e fake news.
Mais cedo, Lula participou de uma reunião para discutir as mudanças na política da companhia estadunidense. Segundo o ministro Jorge Messias, advogado-geral da União, o governo não pode permitir que as redes sociais se tornem "uma barbárie digital".
Ademais, um grupo de trabalho será criado para o governo discutir um novo arcabouço legal que regulamente as redes.
Antes, Lula já havia criticado a decisão da companhia de tecnologia norte-americana, acusando Zuckerberg de interferir na soberania dos países, uma vez que o fim do programa de checagem será levado a cabo em todos os países em que a empresa atua.
No lugar da ferramenta, a Meta utilizará um sistema de "notas da comunidade", similar ao da rede de microblogging X (antigo Twitter), pertencente ao bilionário Elon Musk, escolhido por Donald Trump para participar do futuro governo da Casa Branca no Departamento de Eficiência Governamental.
Além de tratar do tema com Lula, Emmanuel Macron também convidou o mandatário brasileiro para a Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, que ocorrerá em junho, na França.