Opor-se ao Irã e seu programa nuclear estará no topo da agenda de Israel neste ano, disse o dr. Hassan Nafaa, professor de ciência política na Universidade do Cairo, à Sputnik.
"O principal desafio em 2025 é impedir que o Irã produza uma bomba atômica a todo custo", afirma o dr. Nafaa.
Embora Israel tenha acusado o Irã de tentar desenvolver armas nucleares por anos, nenhuma evidência tangível para comprovar essas alegações ainda foi apresentada. Teerã nega repetidamente essas alegações, apontando que o programa nuclear iraniano é estritamente pacífico.
O próximo item na agenda de Tel Aviv neste ano será garantir a libertação dos reféns feitos pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro de 2023, ou recuperar seus corpos se essas pessoas já tiverem encontrado seu fim.
O dr. Nafaa também prevê que Israel continuará travando sua campanha no Líbano, ostensivamente em uma tentativa de expulsar o Hezbollah das partes do sul do país.
Finalmente, Israel provavelmente tentará "construir uma ampla coalizão com os Estados do golfo" Pérsico, como a Arábia Saudita, e criar um "novo Oriente Médio por meio e com o apoio de Trump e dos Estados Unidos", sugere o acadêmico.
Em outubro de 2023, Israel invadiu a Faixa de Gaza para punir o Hamas pelos ataques de 7 de outubro e libertar os reféns israelenses capturados durante esses ataques.
Um ano depois, em outubro de 2024, Israel invadiu o Líbano após meses de trocas transfronteiriças com o Hezbollah, que apoia a resistência de Gaza.
Em dezembro de 2024, Tel Aviv capitalizou o colapso do governo de Bashar al-Assad na Síria e procedeu à captura de territórios sírios adjacentes às Colinas de Golã, uma região da Síria ocupada ilegalmente por Israel.