Em fevereiro de 2024, em uma entrevista com o jornalista norte-americano Tucker Carlson, Putin disse que não falava com Biden desde fevereiro de 2022.
Ao mesmo tempo, ele observou que a Rússia e os Estados Unidos tinham "certos contatos".
"O Sr. Biden e o Sr. Putin têm mantido canais indiretos de comunicação", confirma o The New York Times.
O jornal afirma que, em um momento, o conselheiro de Segurança Nacional do presidente dos EUA, Jake Sullivan, "iniciou discretamente uma série de contatos telefônicos" com o assessor presidencial russo Yuri Ushakov.
Em particular, durante um desses telefonemas, Sullivan disse a Ushakov que os Estados Unidos consideravam a Rússia responsável pelo envio de pacotes com dispositivos explosivos por serviços de correio.
Essa alegação foi negada categoricamente pelo Kremlin, acusando, por sua vez, os autores de tais alegações de fazerem insinuações.
De acordo com o jornal, o chefe da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), William Burns, também conversou com o diretor do Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia (SVR, na sigla em russo), Sergei Naryshkin, e com o diretor do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), Aleksandr Bortnikov, sobre o assunto.
Notícias de contatos entre Sullivan e Ushakov e Burns e Naryshkin já tinham surgido na imprensa ocidental anteriormente.
Em fevereiro de 2024, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, comentando essas publicações, disse que conversas telefônicas ocasionais entre autoridades russas e norte-americanas de alto escalão estavam ocorrendo, o que foi a maneira de Moscou enviar a Washington um sinal sobre o perigo de uma escalada na Ucrânia.
Ao mesmo tempo, ele enfatizou que não podia revelar os tópicos de tais contatos e reclamou que "os americanos vazam constantemente informação sobre questões que concordamos em manter em sigilo".