Segundo a TV Globo, o policial preso acusado de ser o atirador é o cabo Denis Antonio Martins.
Alcunhada de Prodotes, a ação foi impulsionada por uma denúncia anônima e também prendeu preventivamente outras 14 pessoas, cinco acusados de envolvimento direto na morte de Gritzbach e o restante de envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com a denúncia, informações sigilosas e estratégicas eram vendidas por policiais militares a membros do PCC, entre eles Gritzbach, que era escoltado por agentes da PM.
O mandante do crime ainda está sendo investigado. Nas redes sociais, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), garantiu que "desvios de conduta serão severamente punidos e submetidos ao rigor da lei".
Vinícius Lopes Gritzbach fez um acordo de delação com o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) em março de 2024. O conteúdo da delação é sigiloso, mas o MPSP encaminhou à Corregedoria da Polícia trechos do documento em que o delator denuncia policiais civis por extorsão.
No dia do assassinato, ele carregava uma mala com mais de R$ 1 milhão em joias e objetos, de acordo com o boletim de ocorrência do crime, registrado pela Polícia Civil na delegacia de Cumbica, bairro onde está localizado o aeroporto.
Em 31 de outubro ele foi ouvido na corregedoria, oito dias antes de ser morto. Gritzbach também delatou um esquema de lavagem de dinheiro do PCC.
O empresário era investigado pela Justiça pela lavagem de pelo menos R$ 30 milhões para o PCC, além de ser acusado de ser mandante do assassinato de dois integrantes da facção: Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta; e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo, mortos em 27 de dezembro de 2021.
Em março, ele fechou acordo para delatar integrantes da facção criminosa, além de policiais envolvidos. Porém Gritzbach recusou-se a entrar no programa de proteção do governo.