"Em sua declaração desta sexta-feira, o escritório do primeiro-ministro confirmou que representantes de Israel, Hamas, Estados Unidos e Catar assinaram oficialmente em Doha o acordo sobre a libertação de reféns e o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Netanyahu foi informado a respeito e ordenou a convocação do gabinete político-militar e do governo para aprovar o plano", diz a nota.
Na última quarta (15), Israel e Hamas concordaram com um cessar-fogo de 42 dias, mediado por Catar, Egito e Estados Unidos, manifestando a intenção de pôr fim às hostilidades, que em 15 meses resultaram na morte de cerca de 46 mil palestinos. O conflito também se estendeu ao Líbano e ao Iêmen, provocando trocas de ataques com foguetes entre Israel e o Irã.
A primeira fase do acordo prevê a libertação de 33 reféns israelenses em troca de cerca de mil prisioneiros palestinos. As forças israelenses deverão recuar até as fronteiras da Faixa de Gaza, embora permaneçam dentro de seus limites por enquanto.
Desde o primeiro dia do cessar-fogo, os suprimentos de ajuda humanitária serão aumentados para 600 caminhões diários, incluindo 50 com combustível. Os palestinos receberão 200 mil tendas e 60 mil casas móveis.
Catar, Egito e Estados Unidos atuarão como garantes do acordo, estabelecendo um centro de coordenação em Cairo.
No 16º dia do cessar-fogo, Israel e Hamas deverão iniciar negociações sobre a segunda fase do acordo, que provavelmente incluirá a libertação dos reféns restantes, um cessar-fogo permanente e a retirada total das tropas israelenses.
Ainda há expectativa para uma terceira fase, que incluirá a reconstrução da Faixa de Gaza e o levantamento completo do bloqueio. Este é o segundo cessar-fogo alcançado durante o conflito. O primeiro foi firmado em novembro de 2023, mas durou apenas seis dias.