Panorama internacional

Groenlândia não se opõe à alta da presença militar dos EUA, diz ex-chanceler

Os residentes da Groenlândia não se oporão ao aumento da presença militar dos Estados Unidos na ilha, já que os acordos atuais permitem que o país faça isso, afirmou nesta sexta-feira (17) Pele Broberg, líder do partido de oposição Naleraq no parlamento da Groenlândia e ex-ministro das Relações Exteriores, à Sputnik.
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"Não nos importamos [com o aumento da presença militar dos EUA]. Já está no acordo [de 2004]. Eles podem fazer o que quiserem. Se quiserem realizar algo na Groenlândia, só precisam nos informar sobre o que realmente estão fazendo", disse Broberg.

Os Estados Unidos possuem várias bases militares na ilha. No entanto, Broberg não soube dizer quantos soldados norte-americanos estão na Groenlândia.
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que assumirá o cargo em 20 de janeiro, declarou ser "uma necessidade absoluta" para os EUA possuírem a Groenlândia. Em resposta, o primeiro-ministro groenlandês, Mute Egede, afirmou que a região não está à venda.
A Groenlândia foi uma colônia da Dinamarca até 1953. Continua sendo parte do reino, mas recebeu autonomia em 2009, com a capacidade de autogovernar e tomar decisões independentes em política doméstica.
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Pânico na Dinamarca

As declarações de Donald Trump sobre a região causaram pânico na Dinamarca, e Copenhague começou a respeitar mais a ilha, afirmou à Sputnik Kuno Fencker, parlamentar groenlandês do partido da coalizão governante Siumut.

"Acho que a Dinamarca começou a nos respeitar mais, está em pânico e tentando entrar em contato com Donald Trump e sua administração. Mas não queremos mais um intermediário em relação à política externa. Podemos ter cooperação em defesa, segurança, economia, comércio e em todo tipo de área, mas não queremos ser intimidados ou ouvir que 'vocês não têm mais competência aqui.' Queremos apenas uma cooperação igualitária com eles", declarou Fencker.

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