Panorama internacional

Houthis declaram novos ataques com drones e mísseis ao centro e ao sul de Israel

Membros de tribos leais aos houthis levantam suas armas enquanto entoam gritos de ordem durante reunião contra o acordo para estabelecer relações diplomáticas entre Israel e os Emirados Árabes Unidos. Sanaa, Iêmen, 22 de agosto de 2020
O movimento Ansar Allah (houthis), que controla o norte do Iêmen, afirmou nesta sexta-feira (17) ter realizado vários ataques com drones e mísseis contra o sul e o centro de Israel após o anúncio do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Sputnik

"Fizemos uma operação militar direcionada contra instalações vitais do inimigo israelense na área de Umm al-Rashrash, no sul da Palestina ocupada. A operação foi realizada com quatro mísseis de cruzeiro e atingiu com sucesso seus alvos", indicaram as forças armadas houthis em um comunicado publicado em seu canal no Telegram.

Eles acrescentaram que "realizaram duas operações militares: a primeira direcionada contra instalações do inimigo israelense na área ocupada de Jaffa (Tel Aviv), utilizando três drones, e a segunda contra um alvo vital do inimigo israelense na área da cidade de Ashkelon".
Além disso, os drones houthis atacaram o porta-aviões norte-americano Harry Truman pela sétima vez desde a chegada da embarcação ao mar Vermelho. As forças armadas alertaram que estão "preparadas para qualquer acontecimento ou escalada EUA-Israel contra o Iêmen e vão monitorar a situação na Faixa de Gaza".
O líder dos houthis, Abdul Malik al-Houthi, afirmou que o Ansar Allah continuará atacando Israel se o país judeu violar o acordo de cessar-fogo no enclave palestino ou "continuar com seu genocídio e violência" até o início da trégua.
Ao fundo, petroleiro com bandeira das ilhas Marshall atingido por um míssil lançado pelos rebeldes houthis, do Iêmen, em janeiro de 2024
Panorama internacional
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Enquanto isso, quase 90 pessoas morreram nas últimas 24 horas na Faixa de Gaza em ataques israelenses, informou o Ministério da Saúde. Mais de 189 feridos foram internados.
Mais cedo, o ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben-Gvir, propôs a anulação do acordo de cessar-fogo, que será abordado na próxima reunião governamental.

"Se até ontem eu estava horrorizado com esse acordo, hoje, quando cada vez mais detalhes mostram que terroristas condenados à prisão perpétua serão libertados em Jerusalém e na Cisjordânia, quando todos sabem que esses terroristas voltarão e tentarão causar dano […] e matar, estou ainda mais preocupado. Faço um apelo aos meus amigos do Likud e do Partido Sionista Religioso: ainda não é tarde, estamos diante de uma reunião do governo, podemos impedir esse acordo", escreveu o ministro em sua conta no X (antigo Twitter).

Cessar-fogo

Em 15 de janeiro, Israel e o movimento palestino Hamas acordaram um cessar-fogo de 42 dias, com a mediação de Catar, Egito e Estados Unidos, que entrará em vigor no domingo (19).
A primeira fase do acordo prevê a troca de 33 israelenses mantidos reféns pelo Hamas por cerca de mil prisioneiros palestinos, e as forças israelenses deverão se retirar da Faixa de Gaza. A partir do primeiro dia do cessar-fogo, estão previstos ainda 600 caminhões diários de suprimentos para a área, sendo 50 com combustível. Os palestinos receberão 200 mil tendas de acampamento e 60 mil casas pré-fabricadas móveis.

O conflito

Em 7 de outubro de 2023, um ataque coordenado pelo Hamas contra mais de 20 comunidades israelenses resultou em aproximadamente 1,2 mil mortos, cerca de 5,5 mil feridos e na captura de 253 reféns, dos quais cerca de 100 foram posteriormente libertados em trocas de prisioneiros.
Em represália, Israel iniciou devastadores bombardeios na Faixa de Gaza, deixando até o momento mais de 46,7 mil palestinos mortos e mais de 110 mil feridos, de acordo com as autoridades de saúde do enclave.
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