"De acordo com o tratado, a segunda fase de cessar-fogo será negociada durante a etapa inicial e exigiria a retirada das forças israelenses de Gaza. Se o cessar-fogo falhar após isso, cerca de metade dos reféns do Hamas, muitos deles soldados israelenses, permaneceria em cativeiro", ressalta o The Washington Post.
No entanto, Gayil Talshir, cientista político da Universidade de Hebrew, que está por dentro das negociações no parlamento israelense, o Knesset, disse ao jornal que Netanyahu concentrou seus esforços nos últimos dias em persuadir Smotrich (oficial que tem posição especial no Ministério da Defesa e controla a agência governamental que supervisiona a política em Gaza e na Cisjordânia) a ficar na equipe do primeiro-ministro.
"Aos olhos de Netanyahu, [Smotrich] é o mais poderoso, porque ele poderia destruir a coalizão, pois Netanyahu está prometendo a Smotrich e Ben Gvir que Israel retorne à guerra depois da primeira fase", sublinhou Talshir.
Anteriormente, Israel e Hamas concordaram com um cessar-fogo de 42 dias, mediado por Catar, Egito e Estados Unidos, manifestando a intenção de pôr fim às hostilidades, que em 15 meses resultaram na morte de cerca de 46 mil palestinos. O conflito também se estendeu ao Líbano e ao Iêmen, provocando trocas de ataques com foguetes entre Israel e o Irã.
A libertação dos primeiros reféns começará às 16h00 (horário de Israel) no domingo (19) caso o Gabinete dos Ministros e o governo a aprovem, informou o Channel 12 na sexta-feira (17).